Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Jacques, Iracema de Jesus Almeida Alves |
Orientador(a): |
Braga, Maria Cynthia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54947
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Resumo: |
As infecções arbovirais pelos vírus Zika (ZIKV), dengue (DENV) e chikungunya (CHIKV) durante a gestação têm sido associadas a graves complicações maternas e neonatais. O objetivo deste estudo foi investigar a ocorrência de infecções atuais/recentes por DENV, ZIKV e CHIKV e características clínicas, laboratoriais, desfechos maternos e neonatais associados, em gestantes com complicações obstétricas hospitalizadas em uma maternidade de referência do Recife, entre outubro/2018 e maio/2019. Dados sociodemográficos e clínicos da mãe e do neonato foram obtidos por entrevista e análise de prontuário. Amostras pareadas de sangue materno foram obtidas no momento da admissão no estudo e duas semanas após, para rastreamento de infecção arboviral por testes molecular (RT-qPCR) e sorológico (IgG, IgM e PRNT). A associação das características maternas com o evento foi analisada pelos testes Qui-quadrado e Teste T ou ANOVA. Das 780 participantes, 93,1% apresentaram exposição prévia ao DENV (IgG). Marcadores de infecção atual/recente (IgM e/ou RT-qPCR) por arbovírus foram detectados em 130 (16,6%) gestantes, das quais 9,4% por CHIKV, 7,4% por ZIKV e 0,4% por DENV. A maioria das infecções por ZIKV foi detectada por ensaios moleculares (89,6%) e a maioria das infecções por CHIKV detectadas por sorologia (95,9%). Características clínicas maternas não estiveram estatisticamente associados às infecções. Observou-se maior frequência de valores alterados de uréia (94% vs 81,8%), ácido úrico (40,6% vs 14,3%), TGP (21,9% vs 12,8%), proteinúria (75% vs 47,4%) e prescrição de corticoterapia (40,5% vs 24,8%) nas gestantes infectadas quando comparadas às não infectadas (p≤0,05). Diagnóstico de sepse neonatal foi mais frequente nos neonatos das mães infectadas em relação às mães não infectadas (15,7% vs 8,3%; p=0,03). Os resultados alertam para a necessidade de rastreamento de infecções arbovirais em gestantes com complicações obstétricas em áreas endêmicas, independente da ausência de sinais/sintomas sugestivos de doença arboviral. |