Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ana Lúcia Andrade da |
Orientador(a): |
Mendes, Antonio da Cruz Gouveia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18627
|
Resumo: |
Buscou-se avaliar a qualidade da assistência obstétrica na rede do Sistema Único de Saúde, no Brasil e Pernambuco. Realizou-se um estudo de caso exploratório, utilizando abordagens quantitativa e qualitativa, a partir da triangulação de métodos. A assistência no Brasil foi realizada utilizando-se dados secundários. A qualidade da assistência em Recife foi mensurada no universo das oito unidades: um hospital federal, um filantrópico, três estaduais e três maternidades municipais. Nestas unidades foram ouvidos mil duzentos e dezoito sujeitos: amostra de mil usuárias e duzentos e doze médicos com questionários e seis gestores com entrevistas semi-estruturadas. Verificou-se: qualidade insatisfatória da assistência ao parto no Brasil; contradições no atendimento ao parto na rede pública em Recife, ora desenvolvendo práticas fundamentadas no modelo humanístico da assistência, ora expondo as mulheres a situações não adequadas; precárias condições estruturais e problemas na organização do trabalho nas unidades; problemas na gestão do sistema de saúde e organização da assistência obstétrica levando a superlotação e insuficiência de leitos nas unidades; grande concentração de serviços na capital determinando vazios assistenciais e intensa migração das gestantes para parir na capital; descompromisso dos municípios com a assistência ao parto de baixo risco; não vinculação do pré-natal e parto, levando a fragmentação dos cuidados, cenário que limita a atuação da central de regulação em cumprir seu papel na ordenação e garantia do acesso, favorecendo a elevada peregrinação das usuárias. Os resultados demonstram que a situação crítica do modelo de assistência ao parto no Brasil ainda não foi superada, e representa um cenário desafiador. Em Recife, a qualidade da assistência obstétrica na rede pública é insatisfatória e enfrenta dificuldades para consolidar o modelo humanístico de atenção ao parto e nascimento |