Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Quintanilha, Isaclaudia Gomes de Azevedo |
Orientador(a): |
Faria Neto, Hugo Caire de Castro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20737
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Resumo: |
A malária é uma doença infecciosa grave, causada pelo protozoário do gênero Plasmodium, transmitido de uma pessoa para outra pela picada do mosquito do gênero Anopheles. Segundo a OMS a malária ocasiona até 500 mil mortes por ano. A injúria pulmonar desencadeada pela malária pode ocorrer tanto em casos graves quanto não graves, já tendo sido relatado em infecções ocasionadas pelos cinco tipos de Plasmódio infectantes de humano. O processo infeccioso envolve a interação de diversas células e uma intensa resposta do hospedeiro buscando controlar a infecção. As plaquetas podem interagir com hemácias parasitadas, leucócitos e o endotélio, e acumular em focos inflamatórios. Esse acúmulo pode levar a eventos de obstrução e aumento da liberação de mediadores inflamatórios, sendo este um fenômeno importante no microambiente pulmonar. A indução da enzima heme oxigenase é importante na resposta do hospedeiro frente ao heme livre e a diversos outros PAMPs e DAMPs, como ADP, ATP, LPS gerado por doenças infecciosas ou não. Além disso, o papel do isotipo heme oxigenase-1 já foi demonstrado na málaria experimental cerebral e em casos clínicos. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo determinar a influência da proteína heme oxigenase na plaquetopenia e na injúria pulmonar aguda durante a infecção pelo Plasmodium berghei NK65. E neste trabalho observamos que o nosso modelo de malária foi capaz de gerar uma injúria pulmonar intensa, uma vez que os animais infectados apresentaram a evolução esperada da infecção através da análise da parasitemia; e do aumento da liberação de mediadores inflamatórios, do edema e da migração de células para o pulmão nosso modelo também apresentou plaquetopenia acentuada, acompanhada de agregagção plaquetária a hemácias e a leucócitos avaliados no sangue periférico e foi sugestivo para redução de produção de plaquetas nos dois principais sítios, ou seja, tanto na medula óssea como no pulmão. Ao realizamos o tratamento dos animais infectados e controles com o indutor da atividade da enzima HO-1 o cobalto protoporfirina IX (CoPPIX), ou com o inibidor da atividade a zinco protoporfirina IX (ZnPPIX), observamos mudanças no quadro inflamatório. O tratamento dos animais com o CoPPIX e com ZnPPIX, não desencadeou diferença na evolução da infecção com relação a parasitemia. Contudo os animais tratados com CoPPIX apresentaram uma melhora no quadro de injúria pulmonar, com menor infiltrado inflamatório, no tecido pulmonar e maior número de células no sangue periférico e não houve formação de edema. Complementarmente observamos uma menor queda no número de plaquetas, influenciada por uma possível maior produção no pulmão. Nossos dados sugerem que a HO-1 influencia na injúria pulmonar e na plaquetopenia durante a infecção malárica |