Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Carla Cristina Moreira |
Orientador(a): |
Ferreira, Cleber Galväo,
Monteiro, Fernando Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13503
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Resumo: |
Triatoma sordida é um triatomíneo nativo de regiões de clima tipicamente seco e de altas temperaturas. Apresenta ampla distribuição, ocorrendo no Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. É um importante vetor secundário da doença de Chagas sendo frequentemente capturado em ecótopos artificiais próximos a habitações humanas, como galinheiros, currais e estábulos. Por ser uma espécie autóctone e apresentar populações silvestres e peridomésticas que podem ocasionalmente recolonizar áreas previamente tratadas, principalmente após a eliminação dos vetores de maior importância epidemiológica, estratégias tradicionais de controle vetorial, como o uso de inseticidas residuais, podem ser ineficazes para eliminação de T. sordida. Por estas razões, torna-se necessário o desenvolvimento de novas medidas de vigilância e controle destinadas especificamente a este vetor. Estudos moleculares têm demonstrado alta diversidade genética entre populações de T. sordida, sugerindo que esta espécie representa na verdade um complexo de espécies crípticas que podem apresentar diferenças quanto à relevância epidemiológica. Deste modo, para a elaboração e aplicação de melhores estratégias de controle contra esse vetor é fundamental que uma correta identificação taxonômica de T. sordida seja realizada, além da delimitação precisa de sua distribuição geográfica. Um estudo filogeográfico de espécimes de T. sordida coletados em nove localidades no Brasil e uma na Argentina foi realizado utilizando um fragmento de 510 pb do gene mitocondrial citocromo b (cyt b) As análises filogenéticas revelaram que as populações de T. sordida amostradas nesse estudo formam um grupo monofilético, filogeneticamente distinto de populações de T. sordida da Bolívia (T. sordida grupos 1 e 2). Interessantemente, análise das amostras de Rochedo em Mato Grosso do Sul sugerem a ocorrência de um processo recente de especiação. Resultados das análises populacionais revelaram baixos níveis de fluxo gênico entre as populações estudadas (valores de Fst entre 0,22 e 1,00). As sequências de cyt b das populações de T. sordida apresentaram baixa diversidade nucleotídica (valores de \03C0 entre 0,0000 e 0,0077) e 23 haplótipos foram detectados (três deles compartilhados entre diferentes localidades). A população identificada como Poxoréu/Formosa/Lontra apresentou valores negativos e significativos nos testes de neutralidade (ressaltando que o teste de Fu apresentou valor-p limítrofe) o que juntamente com os resultados obtidos a partir das análises de mismatch distribution e da rede de haplótipos, indicam expansão súbita e recente dessa população. Isto sugere que, possivelmente, a ecorregião do cerrado brasileiro seja o centro de origem e dispersão de T. sordida |