A finitude da vida pela perspectiva de profissionais da saúde de uma clínica da família do Rio de Janeiro

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Dias, Ana Paula de Melo
• Orientador(a): Teixeira, Mirna Barros
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57486

Vida e morte são processos naturais inerentes à existência humana e de todos os seres vivos. Porém, ainda que a morte e o morrer sejam fenômenos inevitáveis e parte da vida, conversar e refletir cobre a finitude da existência humana é, muitas vezes, desafiador para muitas pessoas. Os profissionais de saúde são ainda mais expostos a essas questões, pois lidam com vida e morte cotidianamente, sendo pressionados a encarar a morte e a finitude da existência do outro e a se confrontarem com o seu próprio ser finito. O objetivo central do estudo é discutir o tema da finitude da vida com os profissionais de saúde, buscando identificar e analisar como esses profissionais e a equipe lidam com o tema em suas vidas pessoais e profissionais no cenário da Atenção Primária à Saúde (APS). Esse estudo desenvolve-se pela análise das experiências compartilhadas por um total de 20 profissionais, em 4 grupos focais, realizados em 2 equipes de Estratégia da Saúde da Família, a partir da abordagem do tema da finitude da vida. Pretendeu-se com essa estratégia a captação e exploração das subjetividades contidas nos relatos dos participantes, suas experiências pessoais e profissionais, e como estas influenciam em suas práticas de cuidado, inseridos no cenário da APS. A partir da análise de conteúdo do material transcrito, foi possível realizar um mergulho nos significados atribuídos ao tema, bem como o compartilhamento de vivências, experiências, ideias e sentimentos diante da morte, nos âmbitos pessoal e profissional; além de suscitar a discussão de questões relacionadas ao contexto da APS, inserido em um território de violência. Observou-se que refletir e entender as histórias de vida e os sentimentos e ideias pessoais diante da morte desses profissionais, pode auxiliar no entendimento das práticas de cuidado no âmbito profissional. Isso pode auxiliar sobretudo os próprios profissionais a se conhecerem e refletirem sobre como esses aspectos podem afetar suas práticas de cuidado.