Estudo epidemiólogico e antropológico sobre sintomas depressivos em idosos vivendo em comunidade: Projeto Bambuí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Carvalhais, Sandra Maria Melo
Orientador(a): Demicheli, Maria Elizabeth Uchôa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20782
Resumo: Objetivos – Investigar se as circunstância s socioeconômicas influenciam as co- variáveis dos sintomas depressivos (carac terísticas demográfic as, rede social de apoio, eventos de vida, condições de saúde e uso de serviços de saúde) entre idosos residentes em comunidade. Métodos – Todos os 1772 idosos (> 60 anos) que viviam na cidade de Bambui (15000 habitantes), no sudeste do Brasil foram selecionad os (1606 participaram). A variável dependente deste estudo foi sintom as depressivos, investigados por meio do General Health Ques tionnaire (GHQ-12). Resultados – A prevalência de sintomas depressivos fo i significativamente maior entre os idosos com renda domiciliar mensal inferior a 2 salários mínimos (43,9%), quando comparados com aqueles com renda mais alta (27,7%). Entre os últimos, gênero (feminino), idade (> 75 anos), satisfação com os relacionamentos pessoais, pior auto-avaliação da saúde e insônia apresentaram associações independentes e significativas com os sintomas depressivos. No estrato mais baixo de renda, além das variáveis mencionadas acima, verificou- se também que os sintomas depressivos estavam associados com o número de condiçõ es crônicas de saúde, dificuldades para realizar pelo menos uma entre cinco at ividades da vida diária e com o número de hospitalizações no último ano. Conclusões – A presença de sintomas depressivos foi maior entre os idosos com pior situação socioeconômica, most rando que, mesmo em uma comunidade aparentemente homogênea, os sintomas depr essivos são influenciados pelas circunstâncias socioeconômicas. Os re sultados também mostram que as co- variáveis de sintomas depressivos são influenciadas pelas condições socioeconômicas dos idosos: no estrato ma is baixo de renda, esses sintomas são associados com condições objetivas de saúde e uso de serviços de saúde (hospitalizações). As mesmas associaç ões não foram observadas no estrato mais alto de renda