Determinação do polimorfismo da enzima GSTP1 em trabalhadores expostos à sílica e associação com silicose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rocha, Daniele Ramos
Orientador(a): Mattos, Rita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2528
Resumo: A sílica é um composto natural formado pelos dois elementos mais abundantes na Terra - oxigênio e silício. A exposição a partículas de sílica cristalina induz a uma inflamação pulmonar crônica, que pode evoluir para fibrose pulmonar, acarretando na doença conhecida como silicose. O estresse oxidativo desempenha um papel importante na patogênese desta fibrose pulmonar. Sendo assim, a expressão de genes antioxidantes, como glutationa S-transferases (GSTs), são importantes componentes de proteção das células contra o estresse oxidativo e são conhecidas como genes altamente polimórficos, podendo contribuir para a susceptibilidade a silicose. O polimorfismo da GSTP1 AG resulta na substituição do aminoácido isoleucina por valina, diminuindo, substancialmente, a atividade da enzima GSTP1. O estudo teve como objetivo a determinação do polimorfismo da enzima GSTP1 em trabalhadores expostos à sílica e associação com silicose. A população foi composta por 82 trabalhadores expostos à sílica oriundos, principalmente, da indústria naval. O polimorfismo da GSTP1 foi analisado por PCR-RFLP. Como resultado verificou-se que 31,6% dos trabalhadores tinham genótipo A/A, 57,9% A/G e 10,5% G/G. Observou-se que a média da atividade enzimática da GST foi menor (1,58 U/mL enzima) em indivíduos com o alelo G em relação ao alelo A (1,84 U/mL de enzima). Trabalhadores expostos à sílica portadores do alelo G mostraram um maior risco de desenvolver silicose, embora os resultados não tenham sido significativos, provavelmente, em função do universo amostral. Os indivíduos portadores do alelo G tiveram níveis menores na atividade da GST, independente do genótipo das enzimas GSTM1 e GSTT1. Em conclusão, estudos adicionais devem ser realizados para determinar o polimorfismo da GSTP1 em populações expostas à sílica em comparação com populações não-expostas, pois os resultados deste trabalho sugerem a utilização da determinação do polimorfismo da GSTP1, no processo de avaliação da exposição à sílica, como uma ferramenta complementar na identificação de subgrupos mais susceptíveis ao desenvolvimento da doença silicose.