Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Rossina Pereira e |
Orientador(a): |
Conceição-Silva, Fátima da,
Lyra, Marcelo Rosandiski |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26505
|
Resumo: |
A leishmaniose cutânea disseminada (LDi) caracteriza-se por um número elevado (\F0B3 10) de lesões cutâneas, polimórficas, em vários segmentos corporais, podendo ou não atingir mucosas. A eficácia do tratamento específico é motivo de controvérsia. Apesar de dados já publicados, questões relativas às características clínicas, à resposta terapêutica e ao perfil imunológico dos pacientes, quando comparados com os pacientes com a forma cutânea localizada com lesão única de LTA, permanecem a ser respondidas. Neste contexto, estudamos uma coorte histórica de pacientes com LDi atendidos no LapClinVigileish (INI-Fiocruz) entre 1989 e 2014. Os pacientes com diagnóstico de LDi (n=17) foram comparados com pacientes apresentando forma cutânea localizada (LCL - n=34). Foi realizado levantamento de dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos, e estudo imunológico in situ no qual se avaliou a presença de células CD4+, CD8+, CD68+, mastócitos, neutrófilos, células NK, Ki67+, CD25+, expressão de NOS2 e amastigotas em fragmentos de lesões cutâneas coletadas no momento do diagnóstico. A confirmação diagnóstica foi realizada por histopatologia e imuno-histoquímica. Os pacientes de LDi eram predominantemente do sexo masculino, com frequente acometimento de cabeça e de mucosas Não houve diferenças na positividade de exames parasitológicos, IDRM e sorologia entre os dois grupos. Apesar do maior número de casos de insucesso terapêutico primário nos casos de LDi, todos os pacientes obtiveram cura das lesões após repetição ou modificação do esquema terapêutico. Os estudos in situ demonstraram semelhanças nas concentrações de células CD8+, Ki67+, macrófago, neutrófilo, NK e expressão de NOS2 nos dois grupos. No entanto, LCL apresentou maior concentração de células CD4+ e mastócitos, enquanto LDi apresentou maior número de células CD25+. Como conclusão, obtivemos algumas características clínicas e do processo inflamatório que diferiram quando LCL e LDi eram comparados. No entanto, nenhum deles foi suficiente, isoladamente ou em conjunto, para distinguir de forma clara LCL de LDi. Baseado na literatura que reporta dificuldade de curar a LDi o Ministério da Saúde recomendou recentemente aumentar o tempo de administração e a dose de antimoniato de meglumina para esta forma de doença. Por este motivo, os profissionais de saúde devem ser capazes de reconhecer e tratar a LDi de forma adequada. |