Avaliação da diapausa e quiescência em populações naturais de Aedes aegypti e Aedes albopictus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Diniz, Diego Felipe Araujo
Orientador(a): Lopes, Constância Flávia Junqueira Ayres
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28251
Resumo: Embriões de Aedes aegypti e Aedes albopictus podem persistir dormentes no ambiente muito tempo, através da diapausa e/ou quiescência. Tais mecanismos foram investigados neste estudo utilizando populações de Ae. aegypti de Santa Catarina-Brasil e Praia-Cabo Verde; e de Ae. albopictus de Pernambuco-Brasil e Ticino-Suíça. Pupas fêmeas destas populações foram submetidas à mudança fotoperiódica e baixa temperatura para induzir à diapausa e os ovos ao estresse hídrico para induzir à quiescência. Parâmetros biológicos como embriogênese, incidência da diapausa (ID), eclosão larvária, potencial reprodutivo, tempo de emergência e reservas lipídicas foram analisados. Além disso, foi avaliada por qRT-PCR a expressão diferencial de cinco genes associados à diapausa - Pepck, IGF, Catepsina, Transferrina e Lipase. Os resultados confirmaram que Ae. aegypti não entra em diapausa. A taxa de embriogênese foi acima de 90% para todas as populações. Os únicos grupos induzidos que entraram em diapausa foram Ae. albopictus Ticino e Pernambuco, com respectivas ID de 90% e 33%. Praia e Pernambuco tiveram uma redução considerável na fecundidade, possivelmente associada à exposição às condições de estresse para diapausa. Por outro lado, a fertilidade não foi alterada em nenhum grupo estudado. A emergência dos induzidos durou até sete dias e o controle três dias. Em todos os grupos induzidos, foi identificada maior quantidade de lipídeos, sobretudo nas populações de Ae. albopictus. Todos os genes foram diferencialmente expressos nas populações induzidas à diapausa em relação ao controle. No entanto, apenas a Lipase e o IGF foram associados à diapausa. Nosso estudo demonstrou alta variação genética nas populações para estes traços, associados ao sucesso evolutivo das duas espécies, e traz informações que poderão ser utilizadas no desenvolvimento de novas ferramentas para o controle vetorial de Aedes spp.