Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Torres, Karla Dala Paula |
Orientador(a): |
Cunha, Geraldo Marcelo da,
Valente, Joaquim Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30884
|
Resumo: |
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é reconhecida como um problema de saúde pública, sendo uma das principais causas de morbidade crônica e mortalidade no Brasil. A mortalidade por DPOC apresenta um declínio recente, acompanhando a tendência de diminuição do tabagismo. Essas tendências podem ser diferentes entre os sexos e regiões do Brasil e afetadas pelo registro incorreto das causas de morte. Assim, essa tese tem como objetivo analisar a tendência temporal da mortalidade por DPOC nas diferentes localidades do país, a partir de dados corrigidos para as causas mal definidas para as capitais brasileiras e Distrito Federal e adicionalmente para sub-registro para o interior das regiões do Brasil. Os modelos de efeitos aleatórios foram utilizados para descrever o padrão de distribuição da mortalidade por DPOC entre as capitais brasileiras e Distrito Federal, ao longo de 1980 a 2016 e modelos de idade, período e coorte de nascimento (APC) para estimar os efeitos separados desses três componentes na evolução das taxas de mortalidade por DPOC nas capitais do Rio de Janeiro e Porto Alegre, segundo sexo, em faixas etárias e períodos quinquenais, entre 1980-2014. Para identificar as desigualdades regionais e de gênero dos riscos relativos de mortalidade por DPOC entre as coortes de nascimento, as capitais e Distrito Federal foram agrupados pelas cinco macrorregiões geográficas. O modelo APC também foi utilizado para estimar a mortalidade por DPOC no Brasil e regiões no período observado de 1991 a 2015 e para previsão no período entre 2016 a 2030, por faixas etárias. Por fim, analisou-se os dados da série temporal do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), com intuito de investigar as tendências recentes do tabagismo. Os resultados mostraram que enquanto entre os homens o risco de morte por DPOC diminuiu ao longo das sucessivas gerações, entre as mulheres houve um aumento ou estabilização do risco em grande parte das capitais. No período observado a mortalidade por DPOC é maior entre os homens, e nas regiões Sul e Sudeste, porém a tendência de queda dessas regiões é mais acentuada que nas demais, de forma que, se medidas de saúde pública não forem adotadas para esses grupos, haverá um estreitamento das diferenças regionais e de sexo e a mortalidade por DPOC será maior nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do que nas regiões Sul e Sudeste, historicamente com maior prevalência de tabagismo no Brasil, embora não tenha sido encontrada grandes diferenças nos percentuais de fumantes entre as capitais brasileiras no período recente. |