O genes interrompidos: introdução histórica ao impacto da descoberta dos íntrons (1977) na controvérsia sobre a definição de gene molecular clássico (1960)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Solha, Gustavo Cirando Fraga
Outros Autores: Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Orientador(a): Waizbort, Ricardo Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6115
Resumo: Durante o ano de 1977, equipes independentes de pesquisa como a do inglês Richard Roberts no Cold Spring Harbor Laboratory, do norte americano Phillip Sharp no Massachussetts Institute of Technology (MIT), do francês Pierre Chambon no Centre Nacional de la Recherche Scientifique, entre outras, descobrem que ao contrário do que era sabido em bactérias, o gene não era um trecho de DNA ininterruptos pronto para ser traduzido em proteínas. Em organismos eucariontes o RNA mensageiro precisa ser montado para dar origem à proteína final. Todavia, essa montagem do RNA mensageiro pode ocorrer de formas alternativas, gerando mais de uma proteína por gene. Esse fenômeno é chamado de processamento alternativo do RNA mensageiro. A descoberta deste, e de outros processos moleculares, são motivo necessário para que certos autores postulem a necessidade de uma mudança conceitual das pesquisas biológicas. Para outros autores, essas descobertas não são anomalias, mas mantém o núcleo de um programa de pesquisa lakatosiano. O “dogma central da biologia molecular”, tratado ou como paradigma kuhniano ou como núcleo lakatosiano é debatido.