Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Eduardo José Pereira |
Orientador(a): |
Andrade, Fabíola Bof de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48343
|
Resumo: |
Antecedentes: Os comprometimentos à saúde bucal associam-se à piores condições de saúde e menor sobrevida em idosos. Porém, estudos que relacionem saúde bucal e mortalidade são escassos fora dos países de alta renda e estimativas de expectativa de vida com e sem saúde bucal são incipientes. Objetivos: Avaliara associação entre edentulismo e mortalidade por todas as causas e estimar a expectativa de vida com saúde bucal por idade, sexo e escolaridade em pessoas com 60 anos ou mais no município de São Paulo. Métodos: Utilizou-se dados do estudo Saúde,Bem-Estar e Envelhecimento (SABE)e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE)para2000, 2006, 2010 e 2016.No estudo da sobrevida, incluiu-se uma amostra de 1.687 participantes avaliados em 2006 ou2010 e acompanhados até 2017.O preditor edentulismo (ausência de dentes)foi avaliado por meio de exame clínico e dados de óbito foram obtidos junto ao SEADE. Covariáveis incluíram fatores socioeconômicos, hábitos de saúde, uso de próteses, multimorbidade e baixo peso.Hazard Ratios(HR) foram calculadas para a associação entre edentulismo e mortalidade. Na avaliação da expectativa de vida com e sem problemas bucais, utilizou-se dois desfechos: expectativa de vida com comprometimento físico na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (EVCFSB)em 2000 e 2010(representando 825.990 e 1.311.802idosos, respectivamente); e expectativa de vida livre de edentulismo (EVLE)em 2006 e 2016(representando 1.006.369 e 1.308.666 idosos).Para ambos os desfechos, utilizou-se tábuas de vida fornecidas pelo SEADE. Para a EVCFSB, utilizou-se prevalências de comprometimentos na função física do Geriatric Oral Health Assessment(GOHAI)e para a EVLE, utilizou-se a avaliação clínica do edentulismo. As estimativas foram obtidas pelo método de Sullivan e estratificadas por sexo, idade e escolaridade.Resultados: No estudo da sobrevida, detectou-se 47,2% de edêntulos. Foram11 anos de acompanhamento, analisando10.494 pessoas-ano e 566 óbitos. Na análise bivariada, os edêntulos apresentaram maior risco de morteque os dentados (HR: 1,81; intervalo de confiança [IC] 95%:1,53-2,15). Isso se manteve(embora com atenuação) após ajuste sequencial pelas covariáveis (HR: 1,34; IC 95%: 1,10–1,63).Na avaliação da EVCFSB e EVLE, aos 60 anos, seriam esperados em média 14.8 anos (IC 95%: 14.3-15.4)livres de comprometimento físico em 2010 e 13,8 anos (IC95%: 13,2-14,5)livres de edentulismo em 2016. O tempo a ser vivido com comprometimento físico e livre de edentulismo aumentou nos períodos avaliados.Os mais velhos, as mulheres e os menos escolarizados esperam viver menos tempo livre dos problemas bucais.Conclusão:O edentulismo mostrou-se associado à mortalidade, embora condições socioeconômicas e de saúde expliquem parte dessa relação. Houve expansão do comprometimento físico bucal e compressão do edentulismo, com persistentes desigualdades por idade, sexo e escolaridade no período.Há a necessidade de expansão decobertura, com foco em prevenção e equidade nos serviços odontológicos,para superar problemas persistentes e desigualdades relacionadas, contribuindo assim para um envelhecimento populacional saudável. |