Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ivson Cassiano de Oliveira |
Orientador(a): |
Assef, Ana Paula D'Alincourt Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23791
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Resumo: |
Pseudomonas aeruginosa tem mostrado resistência a diferentes agentes antimicrobianos desde 1991, data do primeiro surto no Brasil. Hoje em dia, a principal preocupação é dada pela resistência aos carbepenemas, aminoglicosídeos e fluoroquinolonas. O objetivo deste estudo foi identificar marcadores genéticos de resistência e diversidade clonal de amostras de P. aeruginosa isoladas no estado do Rio de Janeiro no período de 1995 a 2015. Para tal, foram estudadas 88 amostras pertencentes à Coleção de Cultura de Bactérias de Origem Hospitalar (CCBH) do Instituto Oswaldo Cruz \2013 Fiocruz. As amostras foram avaliadas quanto ao perfil de susceptibilidade antimicrobiana pelo método de disco difusão e a concentração mínima inibitória determinada para imipenem. Foi realizada a detecção colorimétrica da hidrólise do imipenem (Carba NP), Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para detecção de genes de carbapenemases (blaIMP, blaVIM, blaNDM, blaSPM, blaKPC, blaGES, blaOXA-48), genes de resistência aos aminoglicosídeos (armA, rmtA, rmtB, rmtC, rmtD e npmA) e fluoroquinolonas (qnrA, qnrB, qnrC e qnrS) e as mutações nos genes de oprD, mexT e gyrA foram pesquisadas através de PCR e sequenciamento para as amostras resistentes aos carbapenemas, aos carbapenemas e/ou fluoroquinolonas e fluoroquinolonas, respectivamente. A tipagem molecular foi realizada através do PFGE. Todas as amostras foram susceptíveis as polimixinas. O antimicrobiano que apresentou mais taxa de não susceptibilidade foi a ticarcilina + ácido clavulânico (93,2%) e para os demais antimicrobianos foram encontradas taxas variando de 27 a 60%. A não susceptibilidade ao longo dos anos foi crescente para os carbapenemas, aminoglicosídeos e fluoroquinolonas Genes de carbapenemases foram encontrados em 8 amostras (blaKPC \2013 n=5 e blaSPM \2013 n=3), todas detectadas pelo teste Carba NP. O gene rmtD foi detectado em 5 amostras. Nenhum gene plasmidial de resistência as fluoroquinolonas foi detectado neste estudo. Encontramos mutações no gene oprD que levavam a alterações na proteína em 14 das 24 amostras analisadas. Em relação ao gene mexT observamos a perda de 8 nucleotídos no início do gene em 26 das 27 amostras analisadas e mutação na região QRDR do gene gyrA em 21 das 27 testadas. Através de PFGE observamos uma grande diversidade clonal (34 perfis), sendo os perfis U (n=11) e J (n=11) os mais frequentes. As amostras produtoras de SPM foram agrupadas no perfil J, que correspondeu ao clone SP (ST277). O presente estudo mostra a evolução da resistência aos antimicrobianos em P. aeruginosa ao longo de 21 anos no Rio de janeiro, embora a resistência seja crescente, nenhum clone prevalente de fenótipo XDR foi encontrado chamando a atenção para o importante papel da pressão seletiva e surgimento da resistência em P. aeruginosa por processos mutacionais |