Estudo da qualidade microbiológica do ar de ambientes internos climatizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Nunes, Zilma das Graças
Orientador(a): Fracalanzza, Sérgio Eduardo Longo, Aguiar, Paula Fernandes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8254
Resumo: A determinação da qualidade microbiológica do ar climatizado de interiores e a sua influêcia no bem estar e na saúde dos indivíduos que freqüentam esses espaços é motivo de ampla discussão. Nesse trabalho foi avaliado, inicialmente, o desempenho do amostrador de ar MAS-100 frente ao amostrador de Andersen de um estágio. Os resultados obtidos a partir de coletas efetuadas em um escritório apresentaram a mesma tendência. Em seguida, os níveis de contaminação microbiana no ar em escritórios, hospitais, indústrias e shoppings da cidade do Rio de Janeiro foram verificados entre 1998 e 2002. A grande maioria dos 3000 pontos avaliados (94.3 a 99.4 por cento) estava de acordo com a legislação vigente no país. Foi avaliada também a sazonalidade e a possível correlação entre a quantidade de microrganismos, a temperatura e a umidade do ar, através do uso da técnica de análise por componentes principais. A distribuição das amostras foi homogênea e, tanto a temperatura quanto a umidade, não foram parâmetros importantes para explicar o padrão de dispersão das amostras. A avaliação microbiológica do ar de diferentes setores de um hospital público demonstrou contagens mais elevadas em momentos de atividade junto ao paciente ou de limpeza e, ainda, valores mais elevados de heterótrofos totais do que de bolores e leveduras, de um modo geral. Neste hospital foram encontradas também espécies patogênicas do gênero Aspergillus, como A. fumigatus, A. flavus e A terreus. Do mesmo modo, entre as bactérias isoladas encontraram-se cepas multirresistentes de patógenos como S. marcescens, P. aeruginosa e S. aureus. A epidemiologia molecular estudada pela técnica de eletroforese de campo pulsado revelou um perfil genético indistinguível para algumas cepas de S. marcescens isoladas do ar e de material clínico, obtido de pacientes colonizados ou com infecção hospitalar, caracterizou as cepas de P. aeruginosa, de amostras de ar, como estreitamente relacionadas às de material clínico. Uma cepa de S. aureus isolada de amostra de ar mostrou-se também como estreitamente relacionada a uma cepa desta mesma espécie, isolada de paciente. Assim, as análises microbiológicas do ar de interiores climatizados mostraram-se como um instrumento fundamental para controle microbiológico do ar destes locais, assim como para estudos de cunho epidemiológico.