Avaliação da antecipação do nascimento nas gestações de mães aloimunizadas Rh (D) com baixo risco para anemia fetal e neonatal assistidas no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dutra, Beatriz Ribeiro Torres
Orientador(a): Peixoto Filho, Fernando Maia, Lobato, Gustavo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34706
Resumo: Avaliação da antecipação do nascimento nas gestações de mães aloimunizadas Rh(D) com baixo risco para anemia fetal e neonatal assistidas no IFF/FIOCRUZ INTRODUÇÃO O melhor momento para interrupção das gestações complicadas por aloimunização Rh (D) é um tema controverso e com evidência limitada na literatura. A opção pela antecipação do parto na faixa de idade gestacional de prematuridade merece especial atenção quando lidamos com o grupo de baixo risco para anemia OBJETIVO Analisar as razões potenciais que levaram ao parto pré-termo nas gestações com baixo risco para anemia neonatal no IFF/FIOCRUZ, comparando o grupo dos recém nascidos a termo com o dos recém nascidos pré-termo quanto ao maior múltiplo da mediana do pico de velocidade sistólica na artéria cerebral média e hematócrito ao nascimento. MATERIAL E MÉTODOS Estudo observacional retrospectivo, com obtenção dos dados por análise dos prontuários das mães e recém-nascidos de gestações assistidas no IFF/Fiocruz por aloimunização Rh(D) com baixo risco para anemia definido por características da história obstétrica e acompanhamento pré-natal e com parto nesta instituição entre janeiro de 2004 e dezembro de 2014. RESULTADOS Foram avaliadas 177 gestações com aloimunização Rh(D) e baixo risco para anemia. O parto foi indicado exclusivamente pela doença hemolítica perinatal em 77,4% dos casos (IC 95% 70,5-83,3%). A prevalência de prematuridade por qualquer causa foi de 35,6% (IC95% 28,6-43,1%) e de prematuridade indicada exclusivamente pela doença hemolítica 24,9% (IC95% 18,7-31,9%). No grupo com nascimento pré-termo foi encontrada uma maior proporção de casos com PV ACM > 1,30MoM, com diferença estatisticamente significativa (p valor < 0,05). A comparação da média do hematócrito entre os dois grupos também mostrou diferença estatisticamente significativa, com o grupo dos nascidos pré-termo com média mais baixa do hematócrito ao nascimento (p valor < 0,05). CONCLUSÕES Esses resultados sugerem que mesmo no grupo de baixo risco para anemia provavelmente há uma proporção de casos que se beneficiam do nascimento prematuro para parada da progressão da doença intra-útero e instituição precoce de tratamento neonatal. Talvez um ponto de corte diferente daquele utilizado para indicação de transfusão intra útero possa identificar os fetos que se beneficiariam do nascimento prematuro dentro do grupo de baixo risco.