Fatores associados à funcionalidade de idosos em tratamento para Linfoma não Hodgkin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Guerra, Bianca Rincon
Orientador(a): Carmo, Cleber Nascimento do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54821
Resumo: Introdução: O LNH é doença crônica comum na população idosa e a doença em combinação com seu tratamento é uma das maiores causas de incapacidade, morbidade e mortalidade neste grupo. Identificar os fatores associados a funcionalidade que, combinados à doença, contribuem para a dependência funcional é importante para implementar estratégias de avaliação e tratamento desta disfunção Objetivo: Avaliar a funcionalidade de pacientes com 60 anos ou mais de idade e diagnóstico de Linfoma não Hodgkin, em tratamento em um hospital oncológico de referência do Rio de Janeiro, no período de fevereiro a julho de 2013. Material e métodos: Foi realizado um estudo seccional com dados de idosos com LNH, submetidos a um questionário estruturado durante consulta no Instituto Nacional do Câncer (INCA) de fevereiro a julho de 2013. Foram analisados 141 pacientes em relação ao desempenho funcional em AVD e AIVD e variáveis sociodemográficas, relacionadas ao câncer e seu tratamento e à condição de saúde. Após terem sido classificados como dependentes, parcialmente dependentes e independentes, foi realizado o agrupamento das categorias com dependência em cada um dos desfechos e descrito um perfil multivariado das covariáveis com a funcionalidade através de análise de correspondências múltiplas (ACM). Resultados: A prevalência de incapacidade em AVD foi 8,5% e em AIVD foi 39,01%. Os fatores mais associados à incapacidade em AVD foram idade, estado nutricional e consumo de medicamentos. E em AIVD, alteração cognitiva, dose do protocolo de quimioterapia, estado nutricional, consumo de medicamentos, e intervalo de tempo desde o diagnóstico. A ACM identificou as seguintes covariáveis, para dependência em AVD, idade superior a 75 anos, risco nutricional ou desnutrição e consumir mais de três medicamentos. Já para dependência em AIVD, risco nutricional ou desnutrição, consumir mais de três medicamentos, déficit cognitivo, até 24 meses desde o diagnóstico e quimioterapia com dose reduzida. Conclusão: Este é um estudo inédito na população de idosos brasileiro com LNH. Apesar das limitações, contribui para que se conheça melhor as questões relacionadas à perda de funcionalidade nesses indivíduos. Ainda são necessários mais estudos voltados a funcionalidade de idosos com LNH.