Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Hermida, Micely d'El-Rei |
Orientador(a): |
dosSantos, Washington Luís Conrado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34677
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Resumo: |
A infecção por protozoários do gênero Leishmania modula a função de integrinas em fagócitos inflamatórios. Essa alteração pode interferir na migração celular e apresentação de antígenos ao sistema imune. O objetivo deste estudo é identificar populações de fagócitos mononuc1eares inflamatórios potencialmente envolvidos no transporte de Leishmania em hospedeiros vertebrados. Inicialmente, definimos um modelo que permite o estudo do processo de migração em um grande número de fagócitos mononucleares inflamatórios. Para isso, foi induzida peritonite em camundongos da linhagem BALB / c com a injeção de Tioglicolato e foram examinadas a cinética de migração celular para o linfonodo regional e as populações de fagócitos mononuc1eares que compõem o exsudato e sua susceptibilidade à infecção com Leishmania. O influxo celular para o peritônio foi crescente, atingindo o pico de peritonite por volta do quarto dia. A partir de então, o número de células diminuiu, atingindo um platô por volta dos quarenta dias, permanecendo estável até o centésimo dia. Inicialmente, entre 4 horas e o primeiro dia, houve aumento de polimorfonuc1eares (9+ - 4 por cento, - 12+ - 8 por cento das células), seguindo um predomínio de fagócitos mononuc1eares (primeiro ao quarto dia) e posterior aparecimento de linfócitos (quadragésimo ao centésimo dia). A migração de fagócitos mononuc1eares para os linfonodos regionais foi observada 8 horas após o estímulo inflamatório, tornando-se máxima a partir do quarto dia. A migração das células foi confirmada em ensaios de injeção e rastreamento de células marcadas, observando-se a substancial migração dessas células para o linfonodo em um período de doze-vinte e quatro horas. O fenótipo dos fagócitos mononuc1eares presentes no exsudato peritoneal no quarto dia de inflamação foi: CD11b (78+ - 6 por cento), F4/80 (65+ - 9 por cento) e CD11c (28+ - 15 por cento). A taxa de infecção foi mais alta em células CD 11 b+ que em células CD11b: CD11b+/CD11c+ (77 por cento), CD11b+/CD11c- (68 por cento) em comparação com CD11b-/CD11c+ (33 por cento) e CD11b- / CD11c- (30 por cento). Ambos os fenótipos de células macrofágicas (CD 11 b+ e F4/ 80+) e dendríticas mielóides (CD 11 b+CD 11c+) tiverem alta infecção. Dentre as células CD 11c+ infectadas, 28 por cento expressaram MHC-II, contudo, apenas 6 por cento destas tinham alta expressão de MHC-II. A infecção por Leishmania causou uma redução no número de células positivas para CD11b (78+ - 6 por cento vs 64+ - 13 por cento, p=0.0085), F4/80 (65+ - 9 por cento vs 39+ - 11 por cento, p=0.0007), CD11c (33+ - 6 por cento vs 22+ - 13 por cento, p=0.0581) e MHC-II (27+ - 3 por cento vs 21+ - 3 por cento) quando comparada ao grupo não infectado. Este modelo permite o estudo de uma grande quantidade de células do processo de migração de fagócitos mononucleares inflamatórios para o linfonodo drenante e potenciais alterações nesse processo induzidas pela infecção com Leishmania. |