Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Maria Brandão |
Orientador(a): |
dosSantos, Washington Luis Conrado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4249
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Resumo: |
A insuficiência renal aguda é comum em pacientes com síndrome nefrótica, podendo requerer terapia de substituição renal e ser irreversível. A insuficiência renal aguda nesses pacientes pode ser precipitada por processos infecciosos, hipovolemia, drogas nefrotóxicas; entretanto na maioria dos casos a etiologia não é identificada e a insuficiência renal aguda é considerada idiopática. A necrose tubular aguda foi associada à insuficiência renal aguda em adultos com lesão mínima. O objetivo deste estudo é avaliar a correlação entre a necrose tubular aguda definida histologicamente com insuficiência renal aguda em pacientes com doença glomerular. Biópsias renais de pacientes com glomerulopatia foram analisadas quanto à intensidade da necrose tubular aguda e esses dados correlacionados com os dados clínicos e presença de insuficiência renal aguda. A análise foi realizada em duas amostras e a intensidade de necrose tubular aguda graduada de duas formas: na primeira amostra a intensidade de necrose tubular aguda foi graduada em cinco níveis de intensidade; na segunda amostra foi feita uma estimativa em percentual da área da cortical acometida. A acurácia da análise semiquantitativa na primeira amostra foi avaliada por meio da correlação com análise morfométrica relativa ao número de túbulos com características necróticas por área de cortical (Spearman r=0,88, P<0,0001) e ao percentual de área da cortical com necrose tubular aguda (Spearman r=0,93, P<0,0001). A reprodutibilidade da análise intraobservador foi regular (kappa=0,53, P<0,0001). A primeira amostra constou de 149 casos com idade média de 21±16 anos. A síndrome nefrótica esteve presente em 104 (72%) pacientes e os principais diagnósticos foram: doenças do espectro Lesão Mínima – Glomeruesclerose Segmentar e Focal (45%). Necrose tubular aguda foi observada em 114 (77%) pacientes. insuficiência renal aguda foi diagnosticada em 43 (42%) pacientes. Houve correlação positiva entre a intensidade da necrose tubular aguda e a presença de insuficiência renal (gamma=0,70, P<0,0001). A segunda amostra foi composta por 80 pacientes com idade média 32 ± 18 anos. Síndrome nefrótica foi diagnosticada em 72 (90%) casos e os principais diagnósticos foram as doenças do espectro lesão mínima-Glomeruloesclerose segmentar e focal (54, 68%). Necrose tubular aguda foi observada em 60 (75%) pacientes e insuficiência renal aguda foi diagnosticada em 28 (35%) casos. A intensidade de necrose tubular aguda foi maior nos pacientes com (29,1 ± 27,7) que nos pacientes sem insuficiência renal aguda (5.4 ± 5.1, P<0,0001). A presença de necrose tubular aguda apresentou alta especificidade para diagnóstico de insuficiência renal aguda quando estimada em 10% da cortical representada (especificidade 96,1%, curva ROC [AUC=0,832, P<0,0001]). Não houve diferença entre os grupos com e sem insuficiência renal aguda em relação ao sexo, proteinúria, doença renal e albumina sérica, colesterol e triglicérides. A freqüência de hipertensão arterial sistêmica foi maior no grupo com insuficiência renal aguda com idade mais elevada (P=0,015). |