Tuberculose na população em situação de rua no município do Rio de Janeiro no ano de 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guazzi, Maíra
Orientador(a): Cardoso, Andrey Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40170
Resumo: A Tuberculose (TB) persiste como um importante problema de saúde pública no mundo e no Brasil. A relação da tuberculose com a pobreza se expressa claramente em sua distribuição mundial, onde a carga da doença está ligada diretamente às condições de vida da população. No Brasil, o Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose (2011) identifica as populações consideradas vulneráveis para o adoecimento por tuberculose, e inclui nesse grupo a população em situação de rua (PSR). Em pesquisa realizada com PSR na cidade do Rio de Janeiro, os agravos transmissíveis mais referidos foram a tuberculose, o HIV, as hepatites e a hanseníase. Este estudo tem como objetivo descrever aspectos clínicos, epidemiológicos, sociodemográficos e os indicadores operacionais de tuberculose na população em situação de rua no município do Rio de Janeiro, explorando potenciais desigualdades em relação à população geral. Foi realizado um estudo descritivo a partir da base de dados estadual do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN NET de Tuberculose versão 5.0, dos casos notificados na população em situação de rua e na população geral no município do Rio de Janeiro, no período de Janeiro a Dezembro de 2015, a fim de explorar desigualdades nos indicadores entre esses grupos populacionais. Verificouse diferenças estatisticamente significativas nas distribuições de frequência das variáveis sociodemográficas e clínico-epidemiológicas entre a população em situação de rua e a população geral. A taxa de incidência de TB encontrada na PSR foi de 1.273 casos/100.000 hab., uma taxa 18 vezes maior que na população geral. Os indicadores operacionais de cura e abandono são piores na PSR. Observa-se que a desigualdade presente no adoecimento na PSR necessita de estratégias diferenciadas para esse grupo, como atuação dos Consultórios na Rua, a construção de ProjetoTerapêutico Singular além de articulação intra e intersetorial.