Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Raquel Barros de Almeida |
Orientador(a): |
Cruz, Marly Marques da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13617
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Resumo: |
Este estudo problematiza a forma como se organiza a prática de cuidado à tuberculose (TB) por meio do Tratamento Diretamente Observado (TDO), no que tange ao Programa de Controle da Tuberculose (PCT) na Estratégia Saúde da Família (ESF), buscando dar voz aos profissionais de saúde como agentes produtores do cuidado e usuários portadores e seus familiares como sujeitos deste cuidado. A relevância do estudo está em trazer elementos para subsidiar as intervenções necessárias à melhoria da qualidade do cuidado e a qualificação das equipes de saúde da família deste território. Buscou-se caracterizar as práticas de cuidado no TDO da TB na ESF em uma das unidades do bairro da Rocinha, descrevendo os limites e potencialidades e a organização destas práticas a partir da visão dos sujeitos. É um estudo de caso único que conjugou, a partir de uma abordagem qualitativa, diferentes estratégias de coleta dos dados que ocorreu de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. As técnicas de coleta de dados foram análise de documentos (oficiais e gerenciais) do PCT no Centro Municipal de Saúde (CMS) e utilizados na ESF para portadores de TB em TDO; observação direta do TDO junto aos profissionais de saúde e usuários portadores de TB nos domicílios e na USF e realização das entrevistas semiestruturadas gravadas com profissionais de saúde, usuários e seus familiares. Foram entrevistados onze profissionais de saúde, dez usuários e cinco familiares. O TDO para os profissionais foi valorizado sendo a supervisão da medicação vista como garantia da conclusão do tratamento. Os usuários aprovaram o TDO por receber a medicação em casa, por terem suas consultas marcadas e encaminhamentos, mas indicaram dificuldades: inadequação entre os horários (usuários, CMS e trabalho dos ACS); duração do tratamento e quantidade/tamanho dos comprimidos. Os familiares são um apoio importante no sucesso do tratamento: alimentação, ambiente da residência, respeito ao horário da medicação, acompanhamento às consultas (e exames) e realização dos exames dos comunicantes. O estudo indicou a realização de um cuidado integral à saúde, ainda que limites tenham sido observados. O tratamento da TB por meio do TDO aproxima os sujeitos envolvidos, proporcionando o vínculo e a responsabilização no cuidado. O usuário e a sua família se sentem acolhidos e cuidados pela equipe de saúde da família, apesar das dificuldades apontadas. |