Estudo sobre práticas de cuidado em saúde mental na atenção primária: o caso de um município do interior do estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Campos Junior, Ailson
Orientador(a): Amarante, Paulo Duarte de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24427
Resumo: O processo de expansão da atenção primária no Brasil na última década tem trazido diversos desafios para a saúde pública do país. Um destes imperativos suscita as diversas possibilidades que se colocam no trato das questões que surgem no campo da saúde mental nas diversas comunidades assistidas pelo país. Neste trabalho focamos as práticas de cuidado em saúde mental desempenhadas pelos médicos da Estratégia de Saúde da Família junto às comunidades atendidas em um município do interior do Rio de Janeiro. O objetivo foi compreender/problematizar como eram realizadas as abordagens que surgiam como demandas em saúde mental na prática do médico nestas unidades de saúde. O dispositivo apoio matricial também foi analisado a partir do exercício do apoio matricial em saúde mental e as diversas facetas que esta ferramenta pode assumir. Desse modo, a prática dos profissionais médicos que assistem os usuários da Estratégia de Saúde da Família, a relação com as questões de saúde mental, a capacidade de uma visão mais holística da comunidade assistida e a relação com o uso de medicações psicofarmacológicas foram as três categorias analíticas que balizaram a realização da pesquisa em todas as suas fases. Foi compreendido, dentre outras coisas, que a relação que os médicos assumem com a comunidade assistida de maneira geral, ainda esta muito atrelada á uma visão clinica-institucional que não privilegia algumas questões de identidade, cultura e movimentos sociais nas comunidades. Também foi observada a inexistência de práticas voltadas para o empoderamento dos sujeitos sobre suas condições de vida, saúde e subjetividade.