Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Costa, Rodrigo Netto |
Orientador(a): |
Delgado, Isabella Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5012
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Resumo: |
A crescente tendência mundial pela substituição do uso de animais em experimentação promoveu a busca por métodos alternativos. Particular ênfase é dada ao desenvolvimento de métodos para substituir o tradicional Teste de Draize, utilizado para acessar a irritação ocular. Este teste tem sido um dos mais criticados pela comunidade científica, principalmente devido à subjetividade de avaliação das lesões oculares e variabilidade dos resultados obtidos em diferentes laboratórios, além das questões éticas com relação ao bem-estar animal. No presente estudo, o ensaio de quantificação de proteínas totais utilizando o corante Azul Brilhante de Coomassie R-250 foi avaliado quanto ao seu valor em predizer o potencial de irritação ocular de vinte xampus e cinco tensoativos. Para este ensaio de citotoxicidade, utilizou-se à linhagem celular derivada de córnea de coelho (SIRC). A concentração que induziu 50% de inibição do crescimento celular relativa aos controles (IC50) foi calculada para cada substância-teste. Os resultados obtidos no teste in vitro foram comparados àqueles obtidos in vivo. A correlação entre os valores de IC50 obtidos in vitro e os escores máximos do teste in vivo foi de 0,617 (p=0,003) pelo coeficiente de Pearson e de 0,738 (p=0,000) pelo coeficiente de Spearman. Para avaliar o grau de preditibilidade do teste in vitro em relação ao teste de Draize estabeleceu-se um ponto de corte (cut-off) para diferenciação de substâncias irritantes (IC50<0,700mg/mL) daquelas não-irritantes (IC50>0,700mg/mL) no teste in vitro. Parâmetros como precisão (96%), sensibilidade (100%) e especificidade (83%) foram então determinados. Somente um produto apresentou resultado falso-positivo (irritante in vitro e não-irritante in vivo). Apesar de haver a necessidade de se testar um maior número de produtos e da realização de estudos inter-laboratoriais para se acessar a reprodutibilidade desta metodologia; com os resultados obtidos no presente estudo pode-se dizer que o ensaio de quantificação de proteínas totais utilizando o corante Azul Brilhante de Coomassie R-250, além de ser um método com características importantes como rapidez, sensibilidade, simplicidade de execução, baixo custo e alto grau de automação, foi capaz de predizer o potencial de irritação ocular de xampus e tensoativos. |