Índice de qualidade de água para consumo humano: uma proposta de ferramenta para a vigilância da qualidade da água comunicar os resultados à sociedade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fortes, Ana Carolina Chaves
Orientador(a): Kligerman, Débora Cynamon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39706
Resumo: A água é recurso fundamental ao desenvolvimento individual, social e econômico da humanidade, sendo o acesso ao recurso reconhecido mundialmente como direito humano. Segundo a OMS, as doenças de veiculação hídrica são responsáveis, especialmente nos países como menor grau de desenvolvimento, por altas taxas de morbimortalidade. No atual contexto de baixa disponibilidade de água de qualidade, a avaliação para consumo apresenta-se como ação de monitoramento essencial, contribuindo para garantir saúde das populações. A água para consumo deve atender a padrões estabelecidos normativamente, no Brasil estabelecidos pela Portaria de Consolidação nº 05/2017 do Ministério da Saúde. Esta, define as atividades de monitoramento e vigilância que garantem acesso à água segura. A qualidade da água é tradicionalmente caracterizada com base em parâmetros físicos, químicos e microbiológicos. A comunicação destas informações isoladamente é de difícil entendimento à população consumidora, que, muitas vezes não possui subsidio técnico para interpretá-las. Os índices podem ser vistos como ferramenta capazes de superar esta lacuna, transformando uma gama de dados em um único número, facilmente convertido em elemento qualitativo, integralizando a comunicação. A presente pesquisa identificou na literatura os Índices de Qualidade de Água utilizados para caracterizar água potável, a fim de indicar um que possa se adequar ao contexto das vigilâncias no Brasil. Realizou-se uma vasta busca na literatura, e foram recuperados 128 artigos que atendiam a temática. Os índices mais utilizados foram o modelo da National Sanitation Foundation, o de Horton, o modelo Canadense e o de Tiwari e Mishra. A análise da literatura e dos modelos mais utilizados apontou o índice do Canadian Council of Ministers of the Environmment, o IQA-CCME, como o mais flexível e de fácil aplicação. Para demonstração do índice foram utilizados dados referentes às análises de amostras de água da rede de distribuição do município do Rio de Janeiro, alimentados no Siságua entre os anos de 2014 a 2017. Foram utilizados grupos distintos de parâmetros e observou-se que os parâmetros mais críticos para a qualidade da água foram cloro residual e turbidez uma vez que ambos foram os mais violados. Os cálculos indicaram que o fator escopo (F1), correspondente ao número de parâmetros do universo que são violados, é o que possivelmente tem maior influência sobre escore final do índice. Em função da flexibilidade e mensurabilidade o IQA-CCME atende às condições técnicas e operacionais da vigilância de qualidade da água. Entretanto, devem ser realizados mais estudos com vistas a mitigar suas limitações.