A ciência da floresta: a institucionalização das ciências naturais no estado do Pará (1894-1907)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Corrêa, Igor Nazareno da Conceição
Orientador(a): Kury, Lorelai Brilhante
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24005
Resumo: O processo de institucionalização das ciências envolve um conjunto de práticas de variadas naturezas. Entre essas práticas está o da comunicação entre os pares. A ciência que é uma prática coletiva necessita de instrumentos de comunicação para que seja estabelecida e legitimada dentro da comunidade científica. Essa comunicação utiliza recursos próprios como o periodismo científico . Além disso, o periodismo científico pode atuar como um meio para que o mundo esotérico da ciência torne-se exotérico, ampliando seu raio de alcance e chegando ao público leigo. Diante desses fatos a análise da institucionalização científica a partir do periodismo científico, pode ser uma importante ferramenta para que possamos compreender os caminhos que uma ciência leva para se institucionalizar. Um periódico reflete as práticas científicas que são desenvolvidas pela sua instituição representante e, pode demonstrar as relações com meios não científicos. Por estes motivos os estudos em divulgação científica têm grande importância para se entender a consolidação da ciência. O presente trabalho discute o processo de institucionalização das ciências naturais no Estado do Pará entre os anos de 1894 e 1907, a partir do Boletim do Museu Paraense que era o periódico científico publicado pelo Museu Paraense de História Natural e Etnografia. O recorte temporal abordado compreende o período em que o zoólogo suíço Emilio Goeldi esteve na direção do Museu Paraense. Durante este período o Museu Paraense vivenciou um amplo desenvolvimento estabelecendo uma extensa conexão com instituições estrangeiras. Esta conexão teve como um dos principais instrumentos, o Boletim do Museu Paraense. Este fato foi de fundamental importância para que as ciências naturais fossem institucionalizadas no Pará.