Prevalência e grau de desconforto de bexiga hiperativa numa área urbana no nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Neves, Raimundo Celestino Silva
Orientador(a): Moreira Junior, Edson Duarte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4264
Resumo: Estimar a prevalência da síndrome de bexiga hiperativa (BH) e de outros sintomas referentes ao trato urinário inferior em uma amostra com base populacional de um grande centro urbano do nordeste brasileiro. Adicionalmente, pretendeu-se avaliar o impacto desses sintomas na qualidade de vida dos participantes, investigar possíveis fatores associados à prevalência de BH e descrever a busca por tratamento para essa síndrome. Métodos: A prevalência de BH foi avaliada segundo sua definição mais recente, estabelecida em 2002 ,pela Sociedade Internacional de Continência (SIC) e o inquérito domiciliar utilizou o método de amostragem estratificado em três estágios, abrangendo 17 regiões administrativas da cidade de Salvador. Os resultados são apresentados de acordo o sexo e a faixa etária. Resultados: Três mil indivíduos com idade ≥ 30 anos foram incluídos no estudo, sendo 1.500 homens e 1.500 mulheres (taxa de resposta de 82,9%). A prevalência de BH foi de 5,1% em homens e 10% em mulheres. Nicturia (≥ 1 por noite) esteve presente em 64,4% dos homens e 71,2% das mulheres, enquanto que a prevalência de nictúria (≥2 por noite) foi de 33,3% e 36,5%, respectivamente. Já a freqüência urinária aumentada foi descrita por 15,4% dos homens e 23,7% das mulheres. A maioria das pessoas com urgência, 80% dos homens e 78% das mulheres, relatou algum grau de desconforto em possuir esse sintoma e indivíduos com BH tiveram alto grau de depressão e ansiedade (p<0,001). Conclusão: Esse é o maior estudo epidemiológico com base populacional no Brasil e que utiliza as novas definições referentes ao trato urinário inferior, recomendadas pela SIC em 2002. O incômodo provocado nos indivíduos, o impacto na qualidade de vida e a prevalência dos sintomas de BH destacam a gravidade dessa síndrome.