Estimativa de mistura étnica avaliada por Mercadores Informativos de Ancestralidade (AIMs) e Microssatélites (STRs)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Teló, Enio Paulo
Orientador(a): Sandes, Kiyoko Abe
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4171
Resumo: A miscigenação entre os três principais grupos étnicos (ameríndios, europeus e africanos) originou a alta diversidade genética da população brasileira. Na Bahia a proporção de afrodescendentes é de 77,5%, sendo que em Salvador 79,8% se auto-denominam negros ou pardos. Poucos estudos descrevem a diversidade genética da população baiana e a contribuição de cada grupo étnico na sua formação. Diversos marcadores de DNA são atualmente utilizados para estimar mistura étnica em populações miscigenadas. Estes marcadores são denominados alelos específicos de população (PSAs) ou marcadores informativos de ancestralidade (AIMs) e apresentam alelos com grandes diferenciais de freqüência, superiores a 30%, entre populações geográfica ou etnicamente definidas. Os microssatélites (STRs) são variantes genéticos úteis no mapeamento genético de espécies, na identificação de pessoas, mapeamento genético e análise de populações. Alguns STRs apresentam alelos com freqüências marcantes em determinados grupos populacionais. Com objetivo de comparar a ancestralidade genomica avaliada com dois tipos de marcadores, foram estudados 8 microssatélites STRs autossômicos (TH01, vWA31, D18S51, FGA, TPOX, D7S820, D3S1358, D8S1179) e 9 AIMs (FY-Null, LPL, AT3-I/D, Sb19.3, APO, PV92, CYP3A4, CKMM, GC-1F e GC-1S), em 203 indivíduos miscigenados da Bahia. A genotipagem foi realizada por PCR (Polimerase Chain Reaction), para deleções, inserções e para os microssatélites e PCR quantitativo em tempo real para mutações pontuais. As contribuições africana, européia e ameríndia observadas foram respectivamente 33,5%, 58,6% e 7,9% para os STRs e 45,08%, 45,16% e 9,75% para os AIMs, comprovando a miscigenação da população. O Índice Kappa, mostrou que a concordância entre as estimativas de ancestralidade utilizando os dois tipos de marcadores (AIMs e STRs), foi muito baixa (kappa = 0,12). Foi observada associação entre sobrenome de conotação religiosa e ancestralidade africana