Incidência de Trombose Venosa Profunda e fatores associados em mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Instituto Nacional de Câncer (INCA) no período 2007-2012

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Torres, Daniele Medeiros
Orientador(a): Koifman, Rosalina Jorge, Jorge, Rosane Vianna
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37162
Resumo: Introdução: O câncer de mama é a localização tumoral mais frequente entre as mulheres no mundo. O rastreamento populacional pela mamografia tem o objetivo de detectar o câncer de mama em um estágio inicial, possibilitando a redução das complicações do tratamento. Progressos foram realizados com o estabelecimento de regimes quimioterápicos mais efetivos em reduzir o tamanho tumoral, assim como a introdução da terapia hormonal, com o tamoxifeno, para reduzir o risco de recorrência da doença. Entretanto, essas terapias contra o câncer podem estar ligadas ao risco de desenvolver trombose, assim como o local da malignidade e a extensão da doença. De todos os eventos de tromboembolismo venoso (TEV) que ocorrem na população, 18 a 29% podem estar associados ao câncer e a trombose venosa é considerada a segunda principal causa de óbito nos pacientes oncológicos. Objetivo: Avaliar a incidência e fatores de risco com a ocorrência de trombose venosa profunda (TVP) na coorte de mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Hospital do Câncer III do Instituto Nacional de Câncer (INCA) no período 2007-2012. Métodos: Estudo observacional retrospectivo em uma coorte hospitalar de 8.140 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e um outro estudo caso controle dentro desta coorte. A coleta de dados foi realizada por meio do Registro hospitalar do Hospital do Câncer III do Instituto Nacional de Câncer (INCA), por prontuários médicos e eletrônicos. Dentre as informações avaliadas, constaram as características sociodemográficas, tratamentos submetidos, internações e realização de tromboprofilaxia. A TVP foi definida por meio do diagnóstico por imagem, pelo exame de Ultrassom Doppler. Foram realizadas estatísticas descritivas e avaliação da associação entre as exposições e a ocorrência de TVP no estudo analítico. Resultados: Após 5 anos de seguimento, foi observada uma incidência cumulativa de trombose venosa profunda de 2,5%. No modelo de razões de chance ajustada, as variáveis que estiveram associadas com estimativa de risco de desenvolvimento de trombose venosa profunda foram: quimioterapia paliativa, internações clínicas e a não adoção da tromboprofilaxia na internação clínica. Conclusões: Após 5 anos de seguimento desta coorte é possível observar que as mulheres ainda apresentam risco de complicações oriundas do câncer e do tratamento. Desta forma, se faz necessário adotar medidas preventivas para minimizar a sua ocorrência e, também, o impacto na qualidade de vida dessas mulheres.