Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Cintia Garcia |
Orientador(a): |
Hennington, Élida Azevedo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24140
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Resumo: |
A importância do trabalho em equipe multiprofissional de saúde é apontada por diversos autores e várias justificativas são apresentadas em relação à sua necessidade. Desde a crítica à divisão do trabalho e dos saberes, passando pela necessidade de recomposição das ações devido às múltiplas dimensões que as necessidades de saúde expressam – cultural, social, psicológica e biológica - no caminho à humanização, até a percepção de que a simples composição de equipes nos serviços não corresponde necessariamente a um trabalho em equipe. Esta pesquisa buscou apreender como os trabalhadores vivenciam as relações interprofissionais, as dificuldades que encontram no dia a dia para que o trabalho em equipe se efetive e as tentativas empreendidas, em meio às dificuldades, no sentido de transformar suas práticas e criar novas formas de interação e trabalho. Tivemos como objetivo analisar o trabalho em equipe multiprofissional de saúde no contexto das práticas cotidianas de atenção à saúde em doenças infecciosas no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), mais precisamente, no setor de internação. O referencial teórico-metodológico adotado baseou-se nas contribuições da perspectiva ergológica de Yves Schwartz e da humanização, segundo a Política Nacional de Humanização – PNH/MS, em diálogo com a literatura existente sobre trabalho em equipe multiprofissional de saúde. Com base nos objetivos da pesquisa e no referencial teórico-metodológico, optamos por realizar uma pesquisa qualitativa, utilizando as técnicas de observação e entrevistas semi-estruturadas. De um total de 41 profissionais que poderiam participar da pesquisa, 29 profissionais aceitaram participar, sendo que 23 foram os entrevistados. A análise do material empírico produzido foi realizada com base na técnica de análise de conteúdo de Bardin e Minayo, na sua vertente de análise temática e permitiu concluir que apesar das várias formas de fragmentação que permeiam as atividades em saúde, todos os profissionais entrevistados compartilham a opinião de que é essencial a busca pelo trabalho em equipe e percebem a complementaridade e interdependência dos diversos processos de trabalho. Foi possível perceber o quanto a reflexão trazida pela PNH pode contribuir na construção de novas maneiras de se trabalhar em equipe no Ipec. Existem iniciativas que demonstram a tentativa de trabalhar em equipe, porém, a racionalidade biomédica que atravessa as relações interprofissionais e o predomínio de uma postura de espera, pela atitude de outros demonstram a necessidade de se fomentar o protagonismo desses sujeitos, através de redes de atenção e criação de espaços de gestão colegiada no dia a dia, além de tornar visível a gestão que fazem do seu próprio trabalho. |