Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Spisso, Bernardete Ferraz |
Orientador(a): |
Nóbrega, Armi Wanderley da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8251
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de resíduos de quatro classes de antibióticos em dois relevantes produtos de origem animal da dieta da população brasileira: ovos (ionóforos poliéteres, macrolídeos e lincosamidas) e leite (tetraciclinas). Ainda não havia dados disponíveis sobre a incidência de resíduos das classes mencionadas em ovos no Brasil. Os programas nacionais de monitoramento não investigam a presença desses medicamentos veterinários em ovos e não incluem o leite pasteurizado como matriz de análise. A relevância da pesquisa no âmbito da saúde pública deve-se à toxicidade cardiovascular dos ionóforos, ao risco de teratogenicidade de algumas tetraciclinas e à contribuição ao surgimento de microorganismos resistentes devido ao uso em larga escala de produtos veterinários à base dos antimicrobianos estudados. As metodologias analíticas foram desenvolvidas, validadas e aplicadas a uma centena de amostras de leite pasteurizado e de ovos adquiridos na região metropolitana do Rio de Janeiro. A alta sensibilidade da técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à Espectrometria de Massas Sequencial (CLAE-EM/EM) permitiu a detecção de ionóforos em ovos com uma frequência de 25%, com a salinomicina sendo identificada em 21% dos casos. Entretanto, o índice de resultados não-conformes foi de somente 2%. A lincosamida lincomicina e o macrolídeo tilosina foram detectados em níveis de traços em 4 e 1% dos ovos avaliados, respectivamente. Nenhum caso de contaminação por lasalocida, claritromicina e eritromicina foi verificado. Embora a incidência de resíduos de coccidiostáticos acima dos limites permitidos tenha sido pequena, os resultados indicam falhas no atendimento às Boas Práticas Veterinárias por parte de alguns produtores. Em relação ao leite, 14% das amostras apresentaram traços de oxitetraciclina, mas nenhuma foi não-conforme. Esses resultados demonstram que a população da região metropolitana do Rio de Janeiro não está exposta a níveis prejudiciais de resíduos de tetraciclinas pela ingestão de leite pasteurizado. Os dados obtidos serão utilizados futuramente na avaliação da exposição alimentar a resíduos desses fármacos, contribuindo assim nas ações de Vigilância Sanitária. |