Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Paiva, Geise Rezende |
Orientador(a): |
Freitas, Luiz Antonio Rodrigues de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4208
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Resumo: |
O câncer de pênis é um problema de saúde pública principalmente em países em desenvolvimento. No Brasil, a incidência é alta e as regiões Nordeste e Sudeste são as mais afetadas, concentrando, respectivamente, 41,9% e 40,4% dos casos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Com o objetivo de conhecer melhor as características da doença no Estado, procedemos a revisão de prontuários e lâminas histológicas dos pacientes com a doença, atendidos do Hospital Aristides Maltez, Bahia, entre janeiro de 1997 a dezembro de 2007. Foram estudados 314 pacientes, a média de idade foi de 57 anos, 45% dos pacientes eram analfabetos e pacientes pardos representaram 83,8% da amostra. Amputação foi o procedimento mais comum, realizado em 288 casos (74,1%), linfadenectomias foram realizadas em 77 pacientes. Alterações histológicas sugestivas de infecção por HPV foram observadas em 239 (75,9%) pacientes. Segundo a classificação da OMS de 2004, o carcinoma usual foi o mais freqüente, com 241 (76,8%) casos e os subtipos representaram 23,2% da amostra. Dentre os subtipos, o misto e o Warty foram os mais observados, 29 (9,2%) e 26 (8,2%) e sarcomatóides e verrucosos foram os menos freqüentes, 1 (0,3%) e 2 (0,6%) dos casos, respectivamente. Observamos características clínicas semelhantes: baixo nível econômico e social, baixíssimo nível de instrução, predominância de pardos e negros, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, tempo arrastado de sintomatologia, média de idade de 57 anos, além de altas taxas de infecção por HPV. Aspectos clínico-patológicos de mais de 300 pacientes foram apresentados e revistos segundo nova classificação da OMS de 2004. Nossa série é uma das primeiras a rever os casos segundo esta nova classificação, importante para prever a evolução destes tumores e auxiliar a clínicos e cirurgiões a estabelecer a melhor estratégia no tratamento. Conhecer o perfil da doença no Estado possibilita a criação de medidas voltadas à prevenção, diagnóstico e tratamento precoce para diminuir a incidência e morbidade desta triste realidade da doença em nosso país. Assim como permite a longo prazo a continuidade de um trabalho de investigação que possa responder a questões ainda não entendidas sobre a doença. |