Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Michelle Ramos da |
Orientador(a): |
De Boni, Raquel Brandini,
Jalil, Emilia Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49275
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Resumo: |
Introdução: As travestis e mulheres trans (TRANS) permanecem em maior risco de infecção pelo HIV. A sindemia (isto é, comorbidades psicossociais sinérgicas) pode exacerbar esse risco e é pouco estudada entre as TRANS em países de baixa e média renda (LMIC). Esse estudo avaliou a prevalência de sindemia, problemas de saúde mental e comportamentos de risco para o HIV, bem como fatores associados à sindemia entre TRANS avaliadas para uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) no Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: Estudo transversal com análise secundária dos dados coletados na visita de triagem do PrEParadas, um estudo transespecífico de demonstração de profilaxia pré-exposição (PrEP). As participantes (\226518 anos) foram rastreadas para uso de múltiplas substâncias, Binge drinking, depressão, comportamento sexual compulsivo (CSC) e violência por parceiro íntimo (VPI). A presença de \2265 2 condições foi considerada sindemia. Foi realizada análise bivariada e modelos de regressão logística para avaliar a associação entre dados demográficos, problemas de saúde mental, comportamento de risco para o HIV, problemas sociais, violência e discriminação quanto ao gênero com sindemia Resultados: Foram incluídas 143 TRANS com idade mediana de 30 anos, 73,4% eram não-brancas, 72,7% completaram \2265 8 anos de escolaridade, e 53,8% estavam desempregadas no momento da avaliação. Em relação à saúde mental, 31,5% apresentaram rastreio positivo para ansiedade, 23,8% alta impulsividade e 16,1% para risco de suicídio. O sexo anal receptivo sem preservativo nos 6 meses anteriores foi relatado por 81,1% e 74,1% relataram sexo transacional ao longo da vida. A prevalência de sindemia foi de 44,8%. No modelo ajustado, os fatores associados à sindemia foram ser não-branca (Odds Ratio ajustado - AOR 5,3 [IC 95%: 1,7-16,1]), abuso / dependência de drogas ilícitas (AOR 3,1 [IC 95%: 1,2 - 8,3]), rastreio positivo para ansiedade (AOR 3,2 [IC 95%: 1,1 - 9,5]), para alta impulsividade (AOR 3,8 [IC 95%: 1,2 - 11,5]) e relato de violência sexual / física (AOR 5,4 [IC 95%: 2,1 - 13,7]). Conclusão: A prevalência de sindemia foi alta entre as TRANS avaliadas para PrEP no Rio de Janeiro. A triagem de condições sindêmicas e problemas de saúde mental entre essa população altamente vulnerável é um passo importante para melhorar a saúde das TRANS. Os serviços de PrEP podem ser uma porta importante para vinculá-las ao tratamento apropriado. Futuras pesquisas e intervenções sob medida para a saúde mental, incluindo Transtorno de Estresse Pós-traumático, são cruciais para melhorar a saúde dessa população. |