Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Fabrine Cobucci de |
Orientador(a): |
Domingues, Rosa Maria Soares Madeira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49453
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Resumo: |
O estudo "Nascer Saudável" é uma pesquisa avaliativa cujo objetivo é avaliar a implantação e os efeitos do Projeto Parto Adequado (PPA), desenvolvido através de uma intervenção multifacetada, implantada em hospitais privados brasileiros. Esta dissertação tem por objetivo avaliar a adequação da assistência ao trabalho de parto e parto vaginal por enfermeiras em hospitais privados brasileiros, atividade prevista no PPA. A análise incluiu 12 hospitais privados selecionados de forma intencional, dentre os 23 que receberam a intervenção PPA. A coleta de dados foi realizada de março a agosto de 2017 através de questionário de entrevista hospitalar com a puérpera e formulário de extração de dados do prontuário hospitalar, usando o aplicativo REDCap. Foi realizada uma avaliação normativa, utilizando como parâmetro as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) do Brasil. As análises foram realizadas segundo classificação da mulher em população "piloto" (alvo do PPA) ou "não piloto" (não alvo do PPA), com estimativa da adequação da assistência ao trabalho de parto no modelo colaborativo e a assistência ao parto vaginal prestada por enfermeira. Em todas as análises bivariadas foi utilizado o teste chi-quadrado para verificar diferenças entre proporções por meio do programa estatístico R versão 3.6.1 para amostras complexas. Foram entrevistadas 4.882 mulheres. Do total de mulheres com trabalho de parto, mais de 50% receberam assistência no modelo colaborativo e menos de 3% dos partos vaginais foram assistidos por enfermeiras. Foram avaliadas 29 práticas assistenciais. Todas as práticas benéficas, exceto oferta de dieta, posição no parto e não separação mãe-bebê na primeira hora de vida, apresentaram desempenho satisfatório. Dentre as práticas prejudiciais ou com uso excessivo/inadequado, enema, tricotomia e manobra de Kristeller apresentaram desempenho satisfatório; amniotomia, cardiotocografia e episiotomia desempenho intermediário; infusão intravenosa, cateterização venosa, analgesia, ocitocina e transferência de sala na hora do parto, insatisfatório. Verificou-se maior uso de práticas benéficas em mulheres atendidas em modelo colaborativo na população piloto, tanto em relação às assistidas por médicos na população não piloto, quanto às assistidas no modelo colaborativo na população não piloto. Os resultados sugerem avanços na adequação da assistência ao trabalho de parto e parto vaginal em hospitais privados submetidos à intervenção PPA, porém alguns aspectos devem ser aprimorados como a maior valorização do trabalho da enfermagem, em especial, na assistência ao parto vaginal. |