Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Juliana Fernandes Amorim da |
Orientador(a): |
Alves, Ada Maria de Barcelos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13482
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Resumo: |
A dengue constitui um sério problema de saúde pública, principalmente em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Uma grande dificuldade para se estudar essa doença é a falta de um modelo animal que reproduza os efeitos da infecção observados em humanos. Apesar disso, um dos modelos mais utilizados para testes de vacinas contra a dengue se baseia na inoculação em camundongos por via intracerebral (i.c.) de vírus neuroadaptado. No entanto, poucos estudos avaliaram o efeito da infecção i.c. e/ou proteção gerada por protótipos vacinais em diferentes órgãos, tais como fígado, um dos órgãos comprometidos pela dengue em humanos. O nosso grupo construiu a vacina de DNA, pcTPANS1, que induziu altos níveis de sobrevivência em camundongos desafiados por via i.c. com vírus da dengue 2 (DENV2). Diante disso, o presente trabalho se propõe avaliar aspectos da patogênese no cérebro, cerebelo, fígado e pulmão, no modelo de camundongos BALB/c inoculados pela via i.c. com uma dose letal de DENV2, em diferentes dias após infecção (d.p.i.). Adicionalmente, tais análises foram estendidas para animais imunizados com a vacina pcTPANS1 e desafiados com DENV2. Detectamos alterações histopatológicas no cérebro/cerebelo (edema, hemorragia, gliose reacional, microglia hiperplásica e hipertrofiada e infiltrado mononuclear na pia-máter, no neurópilo e perivasculares), no fígado (edema, hemorragia, balonização hepatocitária, infiltrado mononuclear, hiperplasia e hipertrofia de células de Kupffer) e no pulmão (edema, hemorragia, infiltrados mononucleares peribronquiolares, aumento do número de macrófagos alveolares e espessamento de septo interalveolar) Alguns destes danos foram quantificados, utilizando uma escala subjetiva com atribuição de diferentes graus, revelando diferenças significativas. Os animais inoculados com DENV2 também apresentaram um aumento dos níveis séricos das enzimas hepáticas ALT e AST, principalmente de AST ao final da infecção, com diferenças significativas em relação aos controles. Por outro lado, em todos os tecidos dos camundongos vacinados com pcTPANS1 observamos uma melhora progressiva dos danos, quando comparados com os animais somente infectados. Também detectamos a presença do DENV2 no cérebro/cerebelo, no sangue e no pulmão dos animais em ensaios in vitro de infecção de células Vero e/ou por RT-PCR em tempo real. Nos animais somente infectados, observamos no cérebro/cerebelo altos títulos de partículas virais infecciosas e cópias de RNA viral. Já no soro, o maior percentual de animais com a presença de DENV2 foi entre o 90 e 110 d.p.i.. Por outro lado, não foi possível a detecção do vírus no fígado, e no pulmão a detecção foi muito baixa. Entretanto, verificamos a presença do antígeno NS3 de DENV2 não só no tecido nervoso, mas também no hepático, através de ensaios de imunohistoquímica. Em contrapartida, os animais vacinados com pcTPANS1 e desafiados com o vírus apresentaram uma redução drástica na viremia com DENV2. De um modo geral, os nossos estudos podem contribuir para uma melhor compreensão da patogênese da dengue, assim como servir de parâmetro para a avaliação da proteção induzida pela vacina pcTPANS1, bem como de outras vacinas |