Análise de acurácia de diferentes escores de morbimortalidade para pretermos abaixo de 1000g

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Genu, Daniel Hilário Santos
Orientador(a): Moreira, Maria Elisabeth Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6430
Resumo: INTRODUÇÃO: Atualmente, cada vez maior é o interesse por indicadores para a avaliação de risco de óbito de RNs, principalmente em prematuros. Entretanto, escores como CRIB, CRIB II e SNAPPE II, e outros marcadores como a Troponina Cardíaca ainda não podem ser considerados como bons preditores para essa população. OBJETIVO: Determinar a acurácia de diferentes escores (CRIB, CRIB II e SNAPPE II) e da Troponina Cardíaca como marcadores de mortalidade e sobrevida com sequelas em RNs com peso de nascimento menor de 1000g. MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos no estudo todos os RNs com peso de nascimento inferior a 1000g nascidos e admitidos na UTIN da Clínica Perinatal de Laranjeiras e do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ, no período maio de 2006 a maio de 2011. Foi realizada uma coleta de dados retrospectiva dos dados da gestação, do parto e do nascimento, e da internação até a Alta ou Óbito. Foram realizados testes estatísticos para diferenças de médias (teste t de Student) e de proporções (Qui-quadrado), medidas das áreas abaixo das Curvas ROC (Az) dos escores e Análise de Regressão Logística. RESULTADOS: Os escores CRIB, CRIB II e SNAPPE II são bons preditores de mortalidade em menores de 1000g (Az 0,815; 0,835; 0,834 p-valor<0,001). Contudo, apenas os escores CRIB II e SNAPPE II são bons preditores de sobrevida sem sequelas (Az 0,709 e 0,737 p-valor<0,001). A Troponina Cardíaca positiva aumenta em três vezes o risco de óbito neonatal (OR: 3,15 p-valor: 0,017) e apresentou associação com acidose metabólica (OR: 2,88 p-valor: 0,02), APGAR 5º minuto menor que 7 (OR: 10,06 p-valor: 0,01), PCA (OR: 4,23 p-valor: 0,005) e HIC Graus III e IV (OR: 4,56 p-valor: 0,034). No Modelo de Regressão Logística, observou-se que Sepse Neonatal comprovada (OR: 11,96 p-valor: 0,008), Enterocolite Necrosante (OR: 14,07 p-valor: 0,006) e Hemorragia Intracraniana (OR: 7,95 p-valor: 0,003) aumentam a chance de o RN evoluir ao óbito. Observou-se também que os RNs pequenos para a idade gestacional (OR: 12,35 p-valor: 0,036), do sexo masculino (OR: 8,19 p-valor: 0,005) ou que necessitaram de mais que duas doses de Surfactante exógeno (OR: 8,73 p-valor: 0,012) tiveram mais chance de sobreviver com sequelas. Na Análise de Regressão Logística, apenas o SNAPPE II apresentou associação com os desfechos estudados. CONCLUSÃO: Os escores CRIB, CRIB II e SNAPPE II são bons preditores de mortalidade, e CRIB II e SNAPPE II também se revelaram bons preditores de sobrevida com sequelas. Após a Análise de Regressão Logística, apenas o SNAPPE II demonstrou ter associação com ambos desfechos, sendo considerado o melhor marcador de mortalidade e sobrevida com sequelas para a população de RNs com peso de nascimento menor de 1000g.