Câncer de próstata: avaliação de aspectos histopatológicos prognósticos em espécimes de prostatectomia radical com ênfase nas diferenças entre os adenocarcinomas gleason 7(4+3) e 7(3+4)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Bittencourt, Célia Maria Jesuíno
Orientador(a): Freitas, Luiz Antonio Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34837
Resumo: O adenocarcinoma da próstata é a terceira causa mais freqüente de óbito por câncer em pacientes acima de 55 anos de idade e a principal em homens acima de 75 anos. Os fatores considerados prognósticos deste carcinoma são nível de PSA, grau histológico (Gleason), estadiamento, margens cirúrgicas e tamanho do tumor. Contudo, o tamanho do tumor como fator prognóstico de recorrência é controverso na literatura. No presente trabalho estudaram-se as relações entre o PSA pré-operatório, comprometimento de vesículas seminais (pT3b ou superior), o grau histológico, a extensão extra prostática, as margens cirúrgicas com a extensão do tumor, o Gleason 7 (3+4) versus 7 (4+3) e a proliferação celular em 48 espécimes de prostatectomia radical devido a adenocarcinoma da próstata nos serviços de anatomia patológica do Hospital Professor Edgard Santos (Hospital das Clínicas de Salvador - BA), CLlNNAZA@ - Clinica Nazaré e Serviço de Oncologia da Bahia (CICAN), no período entre 2000 e 2003. No nosso estudo houve uma relação estatisticamente significante quando correlacionamos o percentual de comprometimento da glândula por tumor com o nível de PSA pré-operatório, parâmetros histopatológicos e índice de proliferação celular. Todas às varáveis estudadas mostraram significância estatística: PSA pré-operatório (p= 0,0225), graduação final do Gleason (p= 0,0007), extensão extraprostática (p= 0,0000), comprometimento de vesícula seminal (p= 0,0000), margens cirúrgicas laterais (p=0,0055), uretral (p= 0,0052) e vesical (p= 0,0007) e Ki67 (p= 0,0177). Em avaliação univariada, demonstramos que há correlação positiva entre a proporção dos padrões de Gleason 3 e 4, nos casos de contagem final 7, com três parâmetros avaliados: porcentagem de tumor na próstata (p= 0,02), margem vesical (p= 0,02) e índice de proliferação celular (p= 0,04). O presente estudo demonstra correlação positiva entre a extensão percentual da neoplasia da próstata e diferenças entre Gleason 3+4 versus 4+3 e outros fatores prognósticos. Este método deve ser considerado nos estudos de correlação entre fatores histopatológicos com as novas metodologias de avaliação prognóstica nas prostatectomias radicais por adenocarcinoma.