Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Viviane Abreu de |
Orientador(a): |
Silva, Robson Coutinho,
Araújo-Jorge, Tania Cremonini de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25640
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Resumo: |
O ensino e a aprendizagem de Imunologia no contexto brasileiro são descritos, na escassa e pontual literatura relacionada a esses temas, como processos difíceis e complexos. Apesar da relevância da Imunologia, especificamente dos conhecimentos sobre o sistema imune humano (SIH), para formação do cidadão, observa-se a inexistência de estudos amplos e efetivamente ocupados com os elementos associados aos processos de ensino e de aprendizagem do tema na Educação Básica (EB). Diante desse cenário, propomos investigar parte dessa demanda. Para tanto, realizamos uma pesquisa descritiva, correlacional, de levantamento e documental, de abordagem qualitativa, cujo objetivo foi analisar as relações entre o ensino e a aprendizagem de Imunologia com base nos seguintes elementos: a estrutura do conhecimento imunológico que constitui o currículo; o modo como este último se produz; as concepções de alunos e de professores sobre o tema; a maneira, declarada pelos professores, de ensinar o tópico SIH, nos níveis fundamental e médio da educação formal brasileira. Para atingir nosso objetivo, caracterizamos os conhecimentos imunológicos, a abordagem e o tratamento conferidos ao SIH por alunos e professores, pelos livros didáticos (LD) e pelos documentos oficiais que regem o sistema educacional brasileiro. As análises foram realizadas pelo método interpretativo à luz da Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS), da Epistemologia de Bachelard, dos referenciais clássicos e dos de vanguarda da Imunologia. Verificamos que os lugares comuns do ensino de Imunologia (aprendiz, professor, matéria de ensino - conhecimento/LD - e o contexto - bases legais e orientações curriculares) adotavam, de forma similar e predominante, a abordagem validada pela metáfora bélica para apresentação e para a concepção da ação do SIH Segundo essa abordagem, o SIH desempenha o papel de defesa, voltado à proteção do organismo contra a invasão e/ou ataques realizados por corpos estranhos de natureza exógena ao organismo. Sinalizamos que tal abordagem conduz a uma compreensão do SIH restrita a visões epistemológicas menos complexas e não contemporâneas. Sugerimos o desenvolvimento na EB de uma abordagem biológica que preconize a compreensão global e homeostática do organismo e do conjunto de suas interações internas e externas. Subsidiamos essa proposição em virtude de nossos dados indicarem a relação da abordagem metafórica com a promoção de obstáculos epistemológicos para aprendizagem do tema. O tratamento didático conferido ao tema pelos LD e reproduzido pelos professores foi considerado essencialmente fragmentado. Caracterizamos a organização sequencial dos conteúdos como de difícil compreensão em razão da ordem de apresentação do tema ao longo das coleções de LD. Associamos esse resultado às dificuldades de ensino e de aprendizagem relatadas na literatura. Definimos que, pela relação do conjunto de dados obtidos nos loci analisados, os lugares comuns da educação brasileira encontram-se fortemente relacionados no contexto do ensino formal do SIH. Porém, consideramos que os conhecimentos relacionados ao SIH, ensinados e aprendidos na EB, não são os mais adequados e não são apresentados em uma ordem que favoreça o desenvolvimento do pensamento científico do discente e a compreensão ampla do tema. Portanto, apontamos que esses carecem de revisão para a promoção de eventos de ensino que conduzam a aprendizagens com menos obstáculos epistemológicos e com maior estabelecimento de relações conceituais |