Valores do vetor de impedância bioelétrica em crianças multiétnicas em situação de vulnerabilidade social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gomes, Taísa Lisboa Montagner
Orientador(a): Ramos, Eloane Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55496
Resumo: Introdução: A importância da avaliação do estado nutricional de crianças, em especial as que vivem em situação de vulnerabilidade social, ganhou reconhecimento na última década. A análise do vetor de impedância bioelétrica revelou sua eficácia como um indicador do estado nutricional. Os objetivos do presente estudo foram descrever o conjunto de valores brutos dos componentes da bioimpedância (resistência e reatância) monofrequencial, a distribuição do vetor de bioimpedancia e avaliar o estado nutricional das crianças segundo esses padrões bioelétricos, especialmente aquelas classificadas com obesidade. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que analisou a impedância bioelétrica de uma amostra de 321 crianças de creches públicas, com idade entre 1 a 4 anos, usando o método gráfico RXc (análise tetrapolar na frequencia de 50 kHz). As elipses de tolerância de 95%, 75% e 50% foram plotadas por faixa etária. Foram calculados os escores Z dos parâmetros de bioimpedância (Xc/H-Z e R/H-Z) em relação a idade, utilizados na construção das elipses de tolerância de referência de um único grupo, independente da faixa etária. Tais elipses foram avaliadas quanto a sua capacidade de reconhecer o padrão e classificar os desvios, utilizando vetores individuais de crianças obesas. Resultados: Os vetores de impedância média apresentaram reatâncias progressivamente mais altas e resistências mais baixas a medida que a idade aumentava. No grupo das crianças obesas, os vetores individuais situados fora da elipse de tolerância de referência de 95% totalizaram 12,5%, 18,75% e 11,1% dos casos, para os critérios z-score de peso/estatura (WHZ), z-score de peso/idade (WAZ) e z-score de IMC/idade (BAZ), respectivamente, todos acima dos 5% esperados. Conclusões: Nossos resultados confirmaram a importância da definição de valores de referência do vetor de impedância corporal segundo a idade da criança; e que os valores de referência de um determinado país não devem ser adotados acriticamente por outros, tendo em vista a considerável diversidade étnica. Também foi verificado que a análise vetorial da bioimpedância reflete diferenças nos padrões bioelétricos de crianças classificadas com obesidade. O uso das elipses de tolerância do gráfico da BIVA é promissor como ferramenta para o monitoramento do estado nutricional.