Estudo epidemiológico das gestantes adolescentes de Niterói

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Velasco, Victor Israel Pastrana
Orientador(a): Gadelha, Angela Maria Jourdan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5113
Resumo: O objetivo deste trabalho é descrever o perfil epidemiológico das gestantes que procuraram as maternidades de Niterói durante o ano de 1994. Trata-se de um estudo descritivo, que teve como fonte de dados o Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Foi realizada a distribuição de freqüências de variáveis ali constante, por grupos etários e construiu-se uma variável dicotômica para o recém-nascido denominada “comprometido” (baixo peso ao nascer e/ou prematuridade) visando relacionar a idade da mãe com as condições de nascimento das crianças. Em seguida, comparou-se a distribuição das variáveis entre as adolescentes de 11 a 19 anos com as mulheres de 20 a 49, e posteriormente, entre as adolescentes da primeira etapa (11 a 17 anos) com as da segunda etapa (18 e 19 anos). Como resultados encontrou-se 16% de grávidas adolescentes. As adolescentes, quando comparadas às mulheres adultas, têm chances estatisticamente significativas de ter menor escolaridade e piores condições de nascimento expressas por maior chance de ocorrência de bebês prematuros (OR=1,53), com baixo peso (OR=1,57) e mais deprimidos no 10 e 50 minuto de vida (OR=1,23 e 1,49 respectivamente). Detectou-se maior proporção (14,9%) de recémnatos “comprometidos” entre as mães adolescentes. Quando comparadas as jovens entre si, verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre as adolescentes da primeira fase e as variáveis: parto normal (OR=1,24), Apgar no 5o minuto (OR=1,72) e não ter filhos nascidos vivos (OR=3,07). Observou-se maior proporção (17,2%) de recém-nascidos “comprometidos” nas jovens de 11 a 17 anos. A escolaridade mostrou-se como fator de confundimento, ao comparar-se as adolescentes às mulheres adultas, nas variáveis: parto normal (OR=1,90); não ter filhos nascidos vivos (OR=7,64); baixo peso (OR=1,39) e natimortos (OR=3,29). Além disso, verificou-se interação nas duas primeiras variáveis. Entre as adolescentes, a escolaridade foi fator de confusão para a variável não ter filhos nascidos vivos (OR=3,44) com interação entre os estratos. Estes resultados reforçam a necessidade de medidas de saúde e de educação específicas voltadas para este grupo etário.