Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Juliana Pinheiro |
Orientador(a): |
Oliveira, Jaime Lopes da Mota |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34185
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Resumo: |
Diversos estudos vêm apontando sobre a ocorrência de contaminantes emergentes nas matrizes aquáticas. Esses poluentes ainda não foram regulamentados, mas têm potencial de afetar a saúde humana e ambiental. Neste grupo de contaminantes, destaca-se o 17αetinilestradiol (EE2), hormônio sintético presente em pílulas anticoncepcionais, com alto potencial estrogênico e de bioacumulação. Dentre seus efeitos como desregulador endócrino, o mais notório é a feminização de peixes. A ocorrência de poluentes emergentes no Lago Paranoá (Distrito Federal – Brasil) é presumida devido ao lançamento de efluentes provenientes de estações de tratamento nesse corpo hídrico e pelo fato dessas estações não terem sido projetadas para a remoção desses tipos de contaminantes. Nesse contexto, considerando que o Lago Paranoá é um manancial, os objetivos desse trabalho foram: quantificar as concentrações de EE2 nesse reservatório, avaliar o desempenho das estações de tratamento de esgoto e de água quanto à remoção de EE2, e caracterizar o risco de exposição involuntária ambiental. Utilizou-se o método ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática) para a realização das análises. Concentrações de EE2 foram quantificadas em todas as amostras de esgoto bruto (1,31 – 2,08 ng. L -1 ) e de efluente tratado (0,23 – 1,50 ng. L -1 ), e em uma das amostras de água superficial do Lago Paranoá (0,07 ng. L -1 ). Nas amostras de água tratada a concentração ficou abaixo do limite mínimo de quantificação do método. O desempenho máximo de remoção de EE2 pelas ETEs foi de 88%, alcançado pela ETE Riacho Fundo, que opera em sistema RBS que remove fósforo. Por outro lado, as demais ETEs que operam com sistema Bardenpho, seguido de coagulação/floculação/ flotação, a remoção foi em torno de 30%. A concentração de 0,07 ng. L -1 quantificada no Lago Paranoá, ficou abaixo das concentrações médias de efeito observado descritas na literatura para animais aquáticos representantes do segundo e do terceiro nível trófico, mas superior às concentrações previstas sem efeito propostas pela Comissão Europeia (0,035 ng. L -1 ). Desse modo, essa pesquisa contribui para ampliar o banco de dados relacionado com a presença de contaminantes emergentes no Lago Paranoá, no esgoto bruto e efluente tratado de estações de tratamento. Além de contribuir para o monitoramento das tendências futuras de aporte de contaminantes emergentes ao Lago, com o intuito de neutralizar, de forma antecipada, os seus impactos negativos para a qualidade da água e para o ecossistema. |