Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Vicente, Adriano Roberto Tarifa |
Orientador(a): |
Loyola Filho, Antônio Ignácio de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://arca.fiocruz.br/handle/icict/12457
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Resumo: |
Objetivo: Investigar o uso de antidepressivos entre idosos residentes em comunidade, em termos da prevalência e dos fatores associados, além das classes farmacológicas e princípios ativos mais utilizados. Metodologia: Participaram deste estudo seccional 1.606 idosos (60 ou mais anos de idade), integrantes da linha da linha-base da coorte do Projeto Bambuí, um estudo longitudinal sobre envelhecimento e saúde, desenvolvido na cidade de mesmo nome, em Minas Gerais. A variável-evento foi o uso referido de antidepressivos nos últimos 90 dias, com verificação de embalagem. A classi ficação dos medicamentos foi baseada no Anatomical Therapeutic Chemical Index (ATC Code). Usuários e não usuários de antidepressivos foram comparados quanto a características sociodemográficas, de condição de saúde e uso de serviços de saúde, além de suporte social e religiosidade, por meio do teste do qui-quadrado de Pearson. O modelo de regressão logística foi utilizado para testar hipóteses de associação, gerando estimativas brutas e ajustadas de odds ratios e respectivos intervalos de confiança de 95%, considerando o nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência do uso de antidepressivo foi de 8,4% (IC95%: 7,1%-9,8%). Os antidepressivos tricíclicos (ADT) foram aqueles mais utilizados (76,4%) e a amitriptilin a (34,7%) foi o princípio ativo predominante entre os antidepressivos referidos. Após o ajustamento múltiplo, associações positivas e independentes foram observadas para o sexo feminino (OR=3,74; IC95% 2,15-6,49), auto-avaliação da saúde como ruim (OR=2,05; IC 95% 1,15-3,65), número de consultas médicas (OR=1,06; IC95% 1,02-1,08) e cobertura por pl ano de saúde (OR=1,76; IC95% 1,11-2,80; associações negativas e independentes foram observadas para disfunção cognitiva (OR=0,43; IC95% 0,21-0,84) e frequência semanal ao culto religioso (OR=0,44; IC95% 0,28-0,71). Conclusão: Nossos resultados mostraram o sexo feminino como a característica mais fortemente associada ao uso de antidepre ssivos, e que, nessa população, a religiosidade possivelmente ocupa um lugar de destaque no arsenal de estratégias de enfrentamento de problemas de saúde, especialmente os mentais. Em razão disso, os profissionais de saúde devem considerar a religiosidade e dos pacientes quando das orientações e tratamento propostos no enfrentamento do seu sofrimento mental. |