Força de preensão manual como biomarcador de saúde de adultos e idosos em Rio Branco, Acre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Amaral, Cledir de Araújo
Orientador(a): Portela, Margareth Crisóstomo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40186
Resumo: A força de preensão manual (FPM) está associada à morbimortalidade, mas um desafio existente é a consolidação das circunstâncias que a sustentam como biomarcador de diferentes desfechos em saúde a partir de conhecimentos que explicitem essas relações entre grupos populacionais e realidades distintas. Objetivou-se avaliar a FPM como biomarcador de saúde em adultos e idosos. Trata-se de um estudo com base nos dados de subamostras para adultos e idosos do Estudo das Doenças Crônicas – EDOC, que contou com observações da FPM e morbidades de 1.609 indivíduos residentes em Rio Branco, Acre, Brasil. Foram estimadas correlações entre FPM de membros saudáveis e variáveis antropométricas, como também distribuições percentilares para a máxima FPM direita e esquerda, por sexo e grupo etário. Medidas de associações em odds ratio estimaram a associação entre FPM baixa (≤ percentil 20) e morbidades em idosos. O maior nível de força ocorre na quarta década em ambos os sexos com redução subsequente, alcançando, aos 80 anos ou mais, redução em torno de 46% para homens (mão direita, 46,4 a 23,7 kg; mão esquerda, 42,2 a 23,5 kg) e cerca de 44% para as mulheres (mão direita, 29,0 a 16,4 kg; mão esquerda, 27,3 a 15,2 kg). Em ambos os sexos, a FPM apresentou correlação negativa com idade e positiva com variáveis antropométricas. Entre idosos de ambos os sexos, os fatores independentemente associados à FPM baixa foram IMC, anemia e diabetes. Para homens idosos, maiores chances de FPM baixa ocorreram entre aqueles com companheira, fumante ou ex-fumante, autoavaliação de saúde atual como pior do que 12 meses antes e dependente nas AVD. Entre as mulheres, observaram-se chances aumentadas de ocorrência de FPM baixa associadas à RCQ alterada, à insônia e à atividade física do deslocamento/ocupacional insuficiente. Os valores de referência apresentados podem ser empregados na reabilitação e em futuros estudos de avaliação da condição de saúde de adultos e idosos. Fatores associados à FPM baixa entre idosos foram identificados, mostrando que o tipo de doença impacta diferentemente na FPM a depender do sexo e faixa etária, ratificando a FPM como biomarcador de saúde. Assim, o emprego da FPM como medida de avaliação de saúde contínua é promissor, pois permite ações de promoção e prevenção em saúde pública.