Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Dias, Rosane Borges |
Orientador(a): |
Rocha, Clarissa Araújo Gurgel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30554
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: A pesquisa oncológica tem sido amplamente incentivada na busca do conhecimento sobre a patogênese, alvos terapêuticos e pesquisa de novos grupos farmacológicos que possam atuar no controle do câncer. Dentro desta perspectiva, os produtos naturais representam uma fonte tradicional e importante de novos fármacos com atividade antitumoral. OBJETIVO: Estudar os efeitos da -lapachona e seus derivados 3-iodo (3-I--lapachona e 3-I--lapachona) sobre a proliferação, morte celular, expressão de alguns genes alvos relacionados ao câncer e o potencial antineoplásico in vivo em células de carcinoma escamocelular oral (CEO). MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente, a citotoxicidade foi avaliada contra diferentes céulas tumorais e não tumorais através do ensaio do alamar blue. Ensaios em microscópio óptico e citometria de fluxo foram realizados para estudar os efeitos sobre o ciclo celular e o padrão de morte celular, utilizando a linhagem de CEO HSC3, como modelo celular. Os efeitos sobre a expressão de diversos genes de alvos relacionados ao câncer foram avaliados em células HSC3 através de qPCR. Em sequência, a eficácia antitumoral in vivo foi avaliada em modelo de xenotransplante utilizando a linhagem HSC3. RESULTADOS: A -lapachona e seus derivados 3-iodo apresentaram atividade citotóxica potentes contra diferentes linhagens tumorais humanas, sendo os derivados 3-iodo mais potente que a - lapachona para várias células testadas. Os compostos foram capazes de induzir parada do ciclo celular na fase G2/M, o qual é seguido de fragmentação do DNA internucleosomal, em células HSC3. O tratamento com -lapachona e seus derivados 3-iodo promoveu um aumento significativo na externalização de fosfatidilserina, ativação de caspases 8 e 9, despolarização mitocondrial, produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e morfologia típica de morte celular por apoptose em células HSC3. A apoptose induzida pelos compostos-teste foi prevenida com o pré-tratamento com um inibidor não seletivo de caspases (Z-VAD-FMK) e um antioxidante (N-acetil-L-Cisteina). Ainda, uma superexpressão de genes relacionados a apoptose foi observada após o tratamento com os compostosteste. No estudo in vivo, a -lapachona e seus derivados 3-iodo reduziram significativamente o tamanho tumoral. Os animais tratados com os compostos-teste não apresentaram alterações significantes nos parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos. CONCLUSÕES: A - lapachona e seus derivados 3-iodo apresentam atividade citotóxica promissora, sendo os derivados 3-iodo mais potente que a -lapachona para várias células testadas, induzem bloqueio do ciclo celular na fase G2/M e morte celular por apoptose mediada por caspases e ERO em células de CEO. Além disso,a -lapachona e seus derivados 3-iodo também foram capazes de reduzir o crescimento tumoral in vivo, indicando que estes compostos-teste representam novos candidatos a fármacos antitumorais. |