Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Natalia Machado |
Orientador(a): |
Brodskyn, Cláudia Ida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34882
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Resumo: |
Transmitidas por diferentes espécies de Flebótomos, as Leishmanioses apresentam uma grande variedade de manifestações clínicas. Tem sido demonstrada, a possibilidade de imunização contra a infecção por Leishmania utilizando-se a saliva do vetor Flebotomíneo Lutzomyia Longipalpis. O principal vetor da Leishmania Braziliensis é o Flebótomo Lutzomyia Intermedia. O objetivo deste estudo foi avaliar se a imunização de hamsters com a saliva de L. Longipalpis confere proteção contra a infecção por L. Braziliensis na presença da saliva de L. Intermedia. Hamsters machos forma imunizados com o Sonicado de Glândula Salivar (SGS) por três vezes com intervalo de quinze dias. O desafio foi feito na orelha contra-lateral quinze dias após a última imunização 105(com dez elevado à quinta potência) formas promastigotas de L. Braziliensis na presença do SGS de L. Intermedia. O desenvolvimento da lesão foi acompanhado semanalmente e 3,5 e oito semanas, após o desafio, as orelhas e lifondos drenantes foram retirados para a avaliação da carga parasitária, bem como da produção de citocinas durante a infecção. Quarenta e oito horas após o desafio com SGS, observa-se um infiltrado inflamatório composto predominantemente de células mononucleares nas orelhas dos animais imunizados. Estes animais apresentam redução significativa na carga parasitária dos lifondos drenantes, bem como das orelhas desafiadas. Além disso, produzem significativamente mais anticorpos anti-saliva quando comparados aos não-imunizados e menos anticorpos anti-Leishmania. Os possíveis mecanismos envolvidos nesta proteção são os níveis reduzidos da expressão de IL-10 e TGF- ao longo da infecção. Estes resultados sugerem que a imunização com o SGS de L. Longipalpis confere proteção contra a infecção por L. Braziliensis de modo inespecífico à presença da saliva no momento do desafio. Dessa forma, a possibilidade de vacinação contra diferentes espécies de Leishmania, utilizando proteínas salivares de uma espécie de vetor. |