Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Claudia Maria do Nascimento |
Orientador(a): |
Soares, Maurilio José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8974
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Resumo: |
O complexo adaptador 1 (AP-1) atua na formação do revestimento de vesículas com clatrina na rede trans-Golgi em células eucariontes. O conhecimento sobre o complexo AP-1 em tripanosomatídeos é escasso, mas já foi demonstrada sua importância na infectividade de Leishmania mexicana em macrófagos, assim como na viabilidade de Trypanosoma brucei. O Trypanosoma cruzi é um protozoário flagelado pertencente à família Trypanosomatidae, sendo o agente etiológico da doença de Chagas, a qual afeta milhões de pessoas no mundo. Neste contexto, esta dissertação teve como objetivo identificar os genes que codificam as quatro subunidades do complexo AP-1 no genoma de T. cruzi, analisar sua expressão e localização subcelular nesse parasita. Busca em banco de dados genômicos permitiu identificar as sequências codificantes para todas as subunidades do complexo AP-1, sendo obtidos os seguintes números de acesso gênicos: AP1-γ: XP_818958.1; AP1-β: XP_820334.1; AP1-µ:XP_818899.1; AP1-σ: XP_804127.1. Foram produzidos anticorpos em camundongos contra as proteínas recombinantes de todas as subunidades do complexo AP-1. Análise da especificidade dos anticorpos foi realizada por western blot e a localização subcelular das proteínas foi feita por imunofluorescência em microscopia de epifluorescência e microscopia confocal a laser. Resultados negativos foram obtidos com o antisoro contra a subunidade AP1-σ. Anticorpos obtidos contra as subunidades AP1-µ (policlonal) e AP1-β (monoclonal) reconheceram polipetídeos de tamanho compatível ao peso molecular da proteína endógena em extratos de formas epimastigotas, porém não reconheceram as proteínas por imunofluorescência. O antisoro policlonal obtido contra a subunidade AP1-γ reconheceu em extratos de diferentes formas evolutivas de T. cruzi (epimastigotas, tripomastigotas e amastigotas) um polipeptídeo de peso molecular compatível com o predito em banco de dados (~90 kDa). Imunolocalização demonstrou reação positiva pontual em região compatível com a do complexo de Golgi deste protozoário: entre núcleo e cinetoplasto de formas tripomastigotas e entre cinetoplasto e bolsa flagelar de epimastigotas e amastigotas. Colocalização da AP1-γ com a GTPase Rab7 (marcador de complexo de Golgi em T. cruzi) confirmou a localização desta subunidade no complexo de Golgi desse parasita. Nossos resultados demonstram que as subunidades do complexo AP-1 são conservadas e expressas em T. cruzi e que pelo menos a subunidade AP1-γ possui localização celular em complexo de Golgi, similar ao que é descrito em outras células eucariontes. |