Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Luiz Antonio Pimentel Lopes de |
Orientador(a): |
Cruz, Alda Maria da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26850
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Resumo: |
A giardiase é uma doença infecciosa, que tem uma incidência estimada em 280 milhões de casos, acometendo principalmente países em desenvolvimento. Os fármacos de primeira escolha para o tratamento da infecção por Giardia duodenalis pertencem à classe dos 5-nitroimidazóis, principalmente o metronidazol. De forma alarmante, casos de falha terapêutica após o tratamento com essa classe de fármacos têm sido cada vez mais frequentes. Embora fatores como utilização inadequada do fármaco, reinfecções e imunossupressão possam estar envolvidos, o surgimento de resistência de G. duodenalis é uma hipótese que deve ser investigada, principalmente, já que há um uso indiscriminado de medicamentos antimicrobianos pela população. As proteínas piruvato-ferredoxina oxidorredutase (PFOR) e ferredoxina (FD) participam da principal via de metabolização do metronidazol a sua forma biologicamente ativa. Além disso, enzimas como a glutamato desidrogenase (GDH) têm sido indiretamente vinculadas à resistência de G. duodenalis ao metronidazol. Portanto, alterações nos genes que codificam essas proteínas podem tornar o parasito resistente ao farmaco O objetivo do estudo foi avaliar se a exposição in vitro de G. duodenalis ao metronidazol leva a alterações nucleotídicas em fragmentos gênicos associados à redução da susceptibilidade ao fármaco. Para tal, cultivos de trofozoítos de G. duodenalis (WBATCC50803) foram divididos em 6 grupos: 4 grupos expostos ao metronidazol nas concentrações de 5\03BCM, 10\03BCM, 20\03BCM e 80\03BCM denominados MTZ5, MTZ10, MTZ20 e MTZ80, respectivamente; e 2 controles, um sem exposição ao metronidazol (SMTZ) e outro exposto ao dimetilsulfóxido (CDMSO), e cultivados num período de 16 semanas. Posteriormente, a concentração necessária para inibir 50% do crescimento parasitário (IC50) foi determinada utilizando o método colorimétrico da resazurina. A padronização da reação em cadeia da polimerase e o sequenciamento de fragmentos gênicos (pfor, fd e gdh), que potencialmente poderiam estar associados à resistência, foram realizados em todos os grupos. O valor da IC50 dos grupos foi: SMTZ = 2,26 ± 0,3 \03BCM; CDMSO = 2,02 ± 0,3 \03BCM; MTZ5 = 4,3 ± 0,6 \03BCM; MTZ10 = 5,07 ± 0,7 \03BCM; MTZ20 = 7,09 ± 0,8 \03BCM; não foi possível determinar a IC50 do grupo MTZ80. Os grupos expostos ao metronidazol apresentaram um aumento significativo da IC50 em comparação aos controles. Entretanto, não foram encontradas as alterações nucleotídicas nos genes de pfor, fd e gdh, que classicamente vêm sendo associadas à resistência ao metronidazol. Esses resultados indicam que outros mecanismos genéticos ou bioquímicos devem também estar envolvidos na resistência de G. duodenalis aos 5-nitroimidazóis |