Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Strattner, Victor Ramos |
Orientador(a): |
Mello, Márcio Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50634
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Resumo: |
A presente pesquisa apresenta a experiência de Oficinas Dialógicas de Linguagem Musical com jovens de 14 a 17 anos no Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré que consistiram em experimentar a fricção entre música e saúde, buscando compreender maneiras diversas de se promover saúde e autocuidado a partir de exercícios de sensibilização musical e prática em conjunto. Optamos pelo referencial teórico os campos da Promoção da Saúde, da Musicoterapia, CienciArte, Educação Musical e Educação Dialógica. Como metodologia, optamos pela da Art-Based Research a partir da qual desenvolvemos as Oficinas Dialógicas de Linguagem Musical aliadas à metodologia de conversas com a juventude. Nas duas primeiras oficinas focamos em exercícios de sensibilização musical e prática de conjunto como um fim em si mesma. Já nas duas últimas compreendemos e aprofundamos a prática da performance como ferramenta de investigação, incorporando outras formas de abordar as temáticas, com imagens e abordagens, de fato, mais dialógicas. Buscamos a partir das quatro oficinas observar como foi se dando a criação do conhecimento a partir de uma aprendizagem inventiva e dialógica tentando ir além da binaridade saúde x doença ao praticarmos a música como possibilidade de promoção de saúde. Por intermédio das oficinas, podemos dizer que se levou aos participantes o conhecimento científico de maneira holística, nas quais teoria e prática estão entrelaçadas. Depois da segunda oficina realizamos a primeira conversa com quatro estudantes Nelas falamos com quatro estudantes de maneira mais próxima para conhecê-los, bem como a relação com a música e o que é ter saúde e, por fim, a percepção deles sobre as duas primeiras oficinas. Eles mostraram ter gostado das práticas musicais em conjunto. Na terceira e quarta oficinas produzimos uma reorientação do planejamento ao realizar as performances musicais como um veículo de pesquisa, e não como um fim estético em si mesma. Também aprofundamos o conceito da identidade sonora a partir de músicas e imagens relacionadas ao período da infância e adolescência. Após as duas últimas oficinas realizamos uma nova conversa com os mesmos estudantes e buscamos entender o impacto das vivências musicais com relação a um maior autocuidado, quais mudanças eles perceberam com o uso de imagens na relação entre música e saúde e como eles ampliaram o conceito de identidade sonora. Concluímos, a partir das análises que a música nunca é isenta de intenção nem de uma perspectiva de promoção de saúde. Por outro lado, percebemos e afirmamos a relevância da performance como ferramenta de construção de dados de pesquisa no contexto da Art-Based Research. Nas conclusões retomamos as ideias apresentadas no texto e como estas sugerem outros caminhos possíveis para a pesquisa na interface entre Música e Saúde. |