Determinação da qualidade microbiológica de Schinus terebinthifolius e Curcuma longa, da matéria prima até o produto final

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Joana Angélica Barbosa
Orientador(a): Marin, Victor Augustus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39412
Resumo: Este estudo propõe ampliar um novo modelo de controle e monitoramento microbiológico e de boas práticas no pré e pós cultivo das plantas medicinais, Schinus terebinthifolius, nos estágios: 1- planta medicinal (folha fresca); 2- material processado (extrato) e 3- produto final (sabonete líquido) para uso no tratamento de tecidos ulcerados da pele e de Curcuma longa nos estágios:1- rizoma (fresco); 2- rizoma (seco); 3- material pré-processado (rizoma triturado) e 4- produto final (pó), para uso no tratamento de diabéticos e hipertensos. As amostras foram provenientes de cinco agricultores de diferentes locais no Estado do Rio de Janeiro. Foi determinado para as mesmas, o número total de bactérias aeróbicas, bolores e leveduras; bactérias Gram-negativas bile tolerantes e a pesquisa de: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa; Salmonella spp.; Staphylococus aureus; Clostridium spp., Shigella spp; Bacillus cereus; Enterobacter cloacae; Serratia marcescens; Klebsiella sp.; Burkholderia cepacia; Stenotrophomonas maltophilia; Pseudomonas stutzeri; Candida albicans; Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus. Os estudos foram realizados no período de 2012 - 2015. A metodologia utilizada foi a preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Farmacopéia Brasileira. Observou-se que das 144 amostras de Curcuma longa, obtidas no período de 2012 a 2013, 124 amostras (86%) estavam insatisfatórias em todas as 4 fases em relação ao número total de bactérias aeróbias, bolores e leveduras, bactérias bile tolerantes e quanto a presença de E. coli; Salmonella spp.; S. aureus; Citrobacter freundii; Shigella sonnei; Cronobacter sakazakii; Klebsiella oxytoca; E. cloacae; E. aerogenes; S. marcescens; C. albicans; A. flavus e A. parasiticus, e 20 amostras (14%) estavam satisfatórias em todas as fases. Entretanto no período de 2014 a 2015, a maioria das amostras tiveram resultados satisfatórios em todas as fases, com ausência de patógenos. Já as amostras de Schinus terebinthifolius na fase 1- planta medicinal (folha fresca) no período de 2013 a 2015 tiveram seus resultados satisfatórios, embora, nas fases extrato aquoso e sabonete líquido no período de 2013 a 2014 estavam insatisfatórias em relação ao número total de bactérias, bolores e leveduras e presença de E. coli , P. aeruginosa e S. aureus, Bacillus megaterium, Pseudomonas stutzeri, Pantoeae agglomerans, E. cloacae, Cronobacter sakazakii, Brevundimonas diminuta, Burkholderia cepacia, Pseudomonas florescens e Sphingomonas paucimobilis, ou seja, fora dos parâmetros estabelecidos. Após o estabelecimento de pontos críticos, das boas práticas em todas as fases do processo, tomada de medidas preventivas e corretivas, os resultados demonstraram que houve melhoria da qualidade dos produtos, segundo os limites microbiológicos estabelecidos pela OMS e Farmacopéia Brasileira. Conclui-se então que a inclusão da avaliação microbiológica durante as fases é de fudamental importância e além disso contribui para uma visão de abrangência, no âmbito da Vigilância Sanitária, com relação a qualidade das Plantas Medicinais e Fitoterápicos, utilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), subsidiando intervenções sobre os riscos sanitários e na certificação de matérias primas, garantindo assim a qualidade desde a matéria prima até o produto final (fitoterápico) a ser utilizado pela população.