Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Vivianne Christina Cortez Moraes |
Orientador(a): |
Lopes, José Maria de Andrade |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54303
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Resumo: |
Introdução: A asfixia perinatal ocorre em cerca de 8-10% de todos os partos no Brasil e exige atenção na prevenção e na abordagem assistencial. Nas formas leves, a recuperação é total. As formas moderada e grave causam déficits neurológicos permanentes e alterações no desenvolvimento neurológico (48%) ou morte (27%).3 Convulsões também estão frequentemente presentes e o seu diagnóstico adequado é fundamental, tendo em vista que o quadro convulsivo por si só pode agravar a lesão cerebral. Embora a eletroencefalografia convencional (EEG) ainda represente o padrão ouro de diagnóstico, o monitoramento contínuo usando o aEEG pode ser crucial para o reconhecimento e intervenção precoces.7,8 . Objetivo: Descrever a incidência de convulsões eletrográficas captadas pelo vídeo aEEG (eletroencefalograma de amplitude integrada) em uma coorte de recém-nascidos internados na UTI neonatal com diagnóstico de asfixia moderada e grave ao nascer. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, do tipo séries de caso. Critérios de inclusão: Recém nascidos que experimentaram um evento hipóxico isquêmico ao nascer, no período de julho de 2017 à julho de 2020, com IG ≥ 35 semanas e com o APGAR ≤ 7 no 5º minuto de vida. A amostra foi classificada em dois grupos, imediatamente ao nascimento: graves e moderados. A monitorização pelo aEEG foi aplicada integralmente em ambos os grupos, assim como a avaliação quanto à presença ou ausência de convulsões clínicas e eletrográficas. Critérios de exclusão: Recém-nascidos com anomalias congênitas, anomalias cromossômicas e recém nascidos que tenham sido transferidos após 6h de vida. O estudo ocorreu em 3 unidades de terapia intensiva neonatal, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. Resultados: Neste período de 3 anos, foram internados 5484 recém nascidos nas unidades neonatais, sendo que 97 (1,76%) sofreram algum tipo de insulto hipóxico isquêmico no período perinatal ou neonatal imediato. Destes 97, 65 preencheram os critérios de inclusão do estudo. Excluímos do estudo 4 recém nascidos (1 por alteração genética e 3 por transferência hospitalar após 6h de vida). Foram classificados como grupo grave (N= 26 (42,6%)). Todos os outros RN foram classificados como grupo moderado (N= 35 (57,4%)). Observamos no grupo grave 1 RN (3,84%) com convulsões clínicas, 10 RN (38,46%) com convulsões eletrográficas e 1 RN (3,84%) com ambas as formas de convulsão e no grupo moderado 2 RN (5,71%) com convulsões clínicas, 8 RN (22,85%) com convulsões eletrográficas e 2 RN (5,71%) com ambas as formas de convulsão. Conclusão: Observamos grande quantidade de convulsões eletrográficas, não traduzidas clinicamente, indicando que a utilização do aEEG é fundamental para o diagnóstico rápido e preciso de convulsões em recém nascidos de alto risco. |