Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Iracilda Costa da Silva |
Orientador(a): |
Silveira, Lourdes Maria Garcez dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23401
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Resumo: |
O tracoma é uma ceratoconjuntivite crônica contagiosa causada por infecções repetidas pelos sorotipos A, B, Ba e C de Chlamydia trachomatis. O objetivo deste estudo foi investigar aspectos epidemiológicos do tracoma nos municípios do estado do Amapá com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional. O desenho do estudo foi observacional descritivo do tipo ecológico transversal. Utilizaram-se os dados do inquérito epidemiológico nacional de tracoma, ocorrido no estado entre maio e setembro de 2007. As prevalências e taxas de detecção do tracoma foram calculadas por município na amostra de escolares (n= 6766) e o perfil epidemiológico composto com as variáveis disponíveis no banco de dados: sexo, idade e zona de localização das escolas. O 2 da independência, testes binomial (duas proporções) e G (Williams) detectaram diferenças entre os grupos. Investigou-se a associação entre prevalência do tracoma e variáveis socioeconômicas dos municípios (Pearson): IDH, densidade demográfica, renda per capta, percentual de pessoas dispondo de água encanada, de coleta de lixo e analfabetos maiores de 25 anos. Uma análise geoestatística (Kernel) identificou aglomerados de casos prevalentes. Houve especial referência ao município com a mais alta prevalência. O tracoma folicular, única forma diagnosticada nos escolares, ocorreu em 100% dos municípios. A prevalência no Amapá foi de 6%. Observou-se maior e menor prevalência da doença nos municípios de Santana (10,3%) e Vitória do Jari (1,3%), respectivamente. A taxa de detecção do tracoma foi mais elevada em indivíduos do sexo feminino, da zona rural e entre 5 e 9 anos de idade. Houve associação positiva moderada entre prevalência do tracoma e o percentual de pessoas em domicílios com água encanada. Em Santana, os bairros que apresentaram as maiores prevalências foram Centro, Paraíso e Área Portuária. A ampla distribuição da forma ativa do tracoma em escolares dos 15 municípios investigados, com variadas taxas de prevalência, indica a necessidade imediata da implantação de um programa de controle e também subsidia a sua estruturação no estado do Amapá, para o alcance das metas do Brasil, de controlar e eliminar o tracoma (como causa de cegueira evitável) até o ano de 2015. |