Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Natália Faria Daflon |
Orientador(a): |
Lima, Marli Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5542
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Resumo: |
Nesse projeto foram estudadas a fauna de triatomíneos e a ocorrência da transmissão da doença de Chagas na localidade de Cipó, situada no município de Russas, Ceará. No total, foram capturados 508 espécimes de triatomíneos, dos quais 99,6% eram da espécie Triatoma brasiliensis, além de dois exemplares de Triatoma pseudomaculata. As capturas ocorreram nos ambientes peridomiciliar e silvestre, não se detectando infestação intradomiciliar em nenhuma das 54 moradias vistoriadas. No peridomicílio as infestações ocorreram em galinheiros, amontoados de madeira, paióis e rochas. O índice de infestação triatomínica da localidade foi de 18,5% e o de colonização peridomiciliar de 11,1%. No ambiente peridomiciliar, o maior foco de infestação foi encontrado em um amontoado de madeiras, no entanto, a presença de triatomíneos foi observada com maior freqüência nas formações rochosas, o ecótopo natural do T. brasiliensis, tendo sido encontrado espécimes na maioria das rochas investigadas, tanto próximas quanto afastadas das moradias. Embora apenas os espécimes capturados no ambiente silvestre tenham apresentado infecção por Trypanosoma cruzi, cujo índice foi de 2,9%, isso indica que o ciclo do parasito na localidade permanece ativo. A tipagem molecular dos protozoários, isolados dos triatomíneos, os classificou como T. cruzi I. A análise do conteúdo intestinal mostrou que, tanto nos triatomíneos capturados no ambiente peridomiciliar quanto nos das rochas silvestres, a fonte de alimento mais freqüente foi o sangue de aves, que são refratárias ao protozoário o que poderia estar associado com o índice relativamente baixo de infecção dos vetores. O inquérito sorológico, realizado em 171 moradores de Cipó, não revelou nenhum caso soropositivo para T. cruzi, o que pode estar relacionado com a ausência de infestação intradomiciliar e de infecção nos triatomíneos capturados no ambiente peridomiciliar. No entanto, como o ciclo do T. cruzi é ativo no habitat natural e como os ciclos de transmissão de ambos os ambientes podem se interligar, é essencial que seja realizado um controle vetorial regular e sistemático e uma vigilância entomológica efetiva na localidade para que a transmissão da doença para a população humana seja evitada. |